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ESPORTES

Memória: Boato gerou a primeira tragédia, em 4 de março de 1971, na festa da reinauguração, quando duas pessoas morreram e mais de duas mil ficaram feridas

Por Do A TARDE

26/11/2007 - 8:59 h

Dia 4 de março de 1971. O esporte baiano estava em festa.

A Fonte Nova (inaugurada em 28 de janeiro de 1951) seria reinaugurada. Ganhou mais uma rodada de arquibancadas, a parte superior. Ninguém imaginava que tudo acabaria em tragédia. O presidente Emílio Garrastazu Médici estava presente. O Bahia jogaria a primeira partida contra o Flamengo e o Vitória faria a segunda contra o Grêmio de Porto Alegre.

Dizem que mais de 112 mil pessoas estavam lá. Até nas marquises tinha gente. Mas o público (pagante) divulgado foi de 94.972 pessoas (a capacidade oficial é de 96.640, o que faz da Fonte Nova o segundo maior estádio do Brasil, só superado pelo Maracanã). O jogo inicial foi tudo bem. O tricolor ganhou por 1 a 0, a torcida se agitou e as arquibancadas balançaram, mas ninguém ligou.

Por volta das 19 horas, no meio do segundo tempo, o Vitória empatava com o Grêmio em zero a zero, quando tudo começou.

Um boato de que o estádio estava desabando gerou pânico, as pessoas começaram a pular da parte superior para baixo “como se fosse uma cachoeira humana”, conforme registros da imprensa na época. Em segundos, jogadores do Vitória e do Grêmio “desapareceram” no gramado, misturados à multidão que invadiu o campo. Resultado: dois mortos e 2.086 feridos.

Coincidentemente, foi do mesmo lado do acidente de ontem. Até hoje não se sabe ao certo o que motivou o boato de que o estádio estava caindo. Se disse que uma das lâmpadas luminárias explodiu, mas a versão mais aceita é a de que dois torcedores estavam brigando e no meio da discussão um atirou uma garrafa contra o outro que se espatifou no chão.

O fato teria gerado o início do corre-corre que virou tumulto.

Tragédias em estádios na Bahia, por conta de desabamento de arquibancadas ou alambrados, só a de ontem. Já houve outros tumultos, como no dia 28 de outubro do ano passado, no jogo do Bahia contra o Ipatinga, pela terceira divisão. O Bahia perdia por 2 a 0 quando a torcida, aos 23 minutos do segundo tempo, se revoltou e invadiu o campo. A polícia reagiu com bombas de gás e pelo menos 25 pessoas foram hospitalizadas. ❚ OUTRAS TRAGÉDIAS – Mas, em outros estádios brasileiros há vários registros. Eis alguns: VILA BELMIRO – Em 20 de setembro de 1964, jogo Santos e Corinthians. Parte da arquibancada desabou e 181 torcedores ficaram feridos.

MORUMBI – Em 2 de março de 1969, no meio de uma partida em que o Corinthians ganhava do São Paulo por 4 a 2 um raio caiu próximo ao estádio. No meio do empurra-empurra, um muro desabou. Um torcedor morreu e 40 ficaram feridos.

MARACANÃ – Em 19 de julho de 1992, decisão do Campeonato Brasileiro, entre Flamengo e Botafogo, estádio lotado; 20 minutos antes do jogo começar, o alambrado da arquibancada superior cedeu e mais de 40 torcedores do Flamengo caíram em queda livre de mais de quatro metros sobre os que estavam na parte baixa. Três morreram e 90 ficaram feridos.

TAUBATÉ – Em 21 de setembro de 1995, o lateral Vítor, do Corinthians, foi jogar a camisa para a torcida depois de uma partida contra o Vitória, em Tabauté. Cerca de 300 pessoas se aglomeraram no muro da arquibancada. A estrutura desabou e 20 torcedores caíram no fosso. Cinco saíram gravemente feridos.

ALBERTO SILVA - Num jogo entre Tiradentes e Fluminense do Rio, em 1973, em Teresina, capital do Piauí, o alambrado desabou.

Quatro torcedores morreram.

SÃO JANUÁRIO – Em 30 de dezembro de 2001, num jogo entre Vasco e São Caetano, o alambrado do estádio (Rio de Janeiro), que pertence ao Vasco, desabou: 140 pessoas ficaram feridas. As investigações da polícia culparam “os torcedores brigões” pelo acidente.

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