ESPORTES
Nelson Piquet garante que filho foi pressionado a aceitar bater
Por Reuters
RIO (Reuters) - O tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet insistiu que seu filho Nelsinho foi pressionado pela equipe Renault a bater de propósito no Grande Prêmio de Cingapura de 2008, negando as acusações de que a ideia de manipular a corrida tenha partido do piloto brasileiro.
Após ser suspenso do esporte por cinco anos devido ao envolvimento no escândalo, o ex-engenheiro-chefe da Renault Pat Symonds afirmou que teria partido de Nelsinho a ideia de bater para ajudar seu então companheiro de equipe, Fernando Alonso, a vencer a prova.
O brasileiro alega que foi forçado por Symonds e o ex-chefe da equipe, Flavio Briatore, a participar da armação para ter seu contrato renovado com a escuderia. Briatore foi excluído do esporte pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), enquanto Nelsinho recebeu imunidade da FIA por ter revelado o caso.
“Foi uma pressão muito grande que a Renault colocou em cima dele”, disse Piquet em entrevista transmitida na noite de domingo, 27, pela TV Globo, acrescentando que só tomou conhecimento da armação depois da corrida.
“Ele não ia fazer isso nunca (se tivesse falado comigo antes)”, afirmou. De acordo com Piquet, campeão do mundo em 1981, 1983 e 1987, o caso só foi levado à FIA após a demissão de Nelsinho da Renault, em agosto, para tentar preservar a carreira do piloto, que este ano disputou sua segunda temporada na F1.
“Quando o Briatore quebrou o contrato dele no meio do ano, não tinha muito mais o que o Nelsinho perder na carreira”, disse Piquet, que aconselhou seu filho a revelar a armação.
“Eu sabia que isso era um crime, você manipular o resultado de uma corrida é uma coisa criminosa, não cabe dentro do esporte”. Quando lhe pediram para descrever em poucas palavras Briatore, que era o empresário do filho até a rescisão do contrato, Piquet respondeu: “pouco inteligente”.
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