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ESPORTES

Nildon morre anônimo

Por Paulo Simões, do A TARDE

21/10/2008 - 20:16 h

O quase nenhum destaque que os jornais dedicaram à morte do ex-jogador Nildon Carlos Braga Veloso é infinitamente desproporcional ao espaço que recebeu em 16 de novembro de 1969.

Naquele dia, o jogador nascido em Maragogipe, mas criado em Ilhéus, ‘abriu o compasso’, evitando que a bola obedecesse à ordem do Rei e se alinhasse no gol de Jurandir, na Fonte Nova. Seria o milésimo gol de Pelé.

Os quase 38 mil torcedores que assistiram ao amistoso Bahia x Santos por pouco não pularam na garganta de Nildon Birro Doido, apelido que recebeu do narrador Djalma Costa Lino, no Colo-Colo de Ilhéus.

Com o mesmo sentimento, a crônica esportiva do mundo inteiro se perguntou de onde teria aparecido aquela perna mais rápida do que o flash das máquinas fotográficas para derrubar as manchetes já imaginadas.

Passada a frustração de quem Nildon negou o momento histórico, todos aplaudiram seu exemplo de profissionalismo e honestidade. Graças a ele, o Bahia empatou o amistoso com o Santos. E Nildon viveu a glória do herói às avessas.

No sábado passado, 18, o ex-atleta morreu, aos 65 anos. Sem nem mesmo ser reconhecido em um posto de atendimento em Salvador, depois que o HGE o rejeitou como paciente. Assim conta o irmão Agostinho, que o apanhou no ferry boat em cima de uma cadeira de rodas, coração enfartado.

Segundo o mano, a Emergência do HGE aconselhou levá-lo ao Roberto Santos. Os parentes providenciavam internação no Hospital Santa Isabel. Mas no caminho pararam no 5º Centro, na Centenário. Fim de linha.

AMIGÃO – O corpo de Nildon foi enterrado no Jardim da Saudade, no domingo, 19. Além de parentes, mais de uma dezena de ilhéus aos quais Nildon – conta Agostinho – ajudava com parte da renda de R$ 2.200 que sua mãe liberava. O Bahia foi representado pelo funcionário Aderbal, que estava munido de bandeira e camisa do triciolor.

Em Itaparica, Nildon morava só. Fora casado três vezes, teve seis filhos, um dos quais Davi, jogador do Itaperuna/RJ. Seu último emprego foi na prefeitura, há dois anos.

Como jogador, Nildon defendeu Colo-Colo, Galícia, América/SP, Bahia e Sergipe, onde encerrou carreira. Depois, foi corretor de imóveis, funcionário da Cesta do Povo, da Água Mineral Itaparica e agente público.

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