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26/06/2021 às 11:17 - há XX semanas | Autor: Aurélio Lima

OLIMPÍADA

Baiano em Tóquio, Keno mistura leveza e força para buscar ouro no boxe

Baiano vem de bons resultados no ciclo olímpico | Foto: Jonne Roriz | COB
Baiano vem de bons resultados no ciclo olímpico | Foto: Jonne Roriz | COB -

Em preparação para a Olimpíada de Tóquio, o pugilista baiano Keno Marley toca violão nas horas livres. Mas o que faz questão mesmo de expor é a variada coleção de meias customizadas quando sobe ao ringue. As peças coloridas, trazendo imagens do próprio rosto dele, emoticons e outras fofuras acabam dando certa leveza às duras lutas da categoria até 81 kg.

Algo que não se verá em Tóquio, já que, contrariando o gosto de Marley, durante as Olimpíadas só poderão ser utilizadas meias da patrocinadora oficial do Time Brasil.

Não é que o gosto peculiar pelas estampas nas meias coloridas reflita necessariamente a intenção de desviar o olhar de seus adversários para os pés, em vez dos punhos. Até porque reparar nesse detalhe só se for quando a luta estiver parada, pois qualquer vacilo desse tipo no boxe pode resultar em um corpo estendido na lona. O jovem lutador de 21 anos, que treina boxe desde os 12 anos, desenvolveu reflexo rápido e ataque fulminante. Combinando isso com outras habilidades, o gigante de 1,91 m de altura desfere golpes poderosos numa fração de segundo.

Então, um bom conselho para seus adversários é se preocupar menos com suas peças estilosas e mais com os punhos o boxeador baiano. !Não é que deem sorte, porque sei que é o trabalho que dá resultado, mas eu gosto bastante dessas meias”, explicou o atleta nascido em Conceição do Almeida, a 168 km de Salvador.

O gosto pelas peças surgiu ao participar de um evento do boxe nos Estados Unidos. Já o amor pela cidade natal vem desde criança. “Sempre que possível vou à minha cidade, pela qual tenho o maior carinho”, comentou Keno, ao descrever algumas memórias que guarda de quando residia em sua cidade de origem.

A medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2018, é uma das mais marcantes de sua carreira. “Antes de desfilar na cidade por causa desse título, as pessoas sempre me pediam autógrafos, me acompanhavam nas redes sociais e até hoje seguem assim. Tenho o maior carinho por todos os moradores de lá”, contou, destacando que o xodó recíproco com a população de sua cidade natal nasceu antes de ele ter sido campeão dos Jogos.

Grand Canyon

O nome Keno foi sugerido à sua mãe pelo irmão mais velho, Diego, em referência ao Grand Canyon, nos Estados Unidos. O sobrenome é uma homenagem ao cantor Bob Marley. Além de ser fã do cantor jamaicano, morto em 1981, o pugilista toca seus sucessos no violão. “Sempre que possível eu toco violão. Dependendo da viagem de treinamento ou competição eu até arrisco levar”, confessou.

Nessa última base de treinamento, feita recentemente na Itália, não deu. Até pela série de dificuldades atuais decorrentes do protocolo de saúde e prevenção da Covid-19. “Mas assim que cheguei ao Brasil eu já toquei um pouco para me distrair”.

O lutador baiano já declarou diversas vezes não ser adepto da palavra ‘sonho’ ao mencionar os seus projetos futuros, que no momento estão voltados exclusivamente para os Jogos de Tóquio-2021. “Já utilizei essa palavra antes e vi que viraram objetivos. Antes eu tinha o sonho de ser campeão estadual, campeão brasileiro e já passei por esses objetivos. Agora tenho o objetivo de ser campeão olímpico, um medalhista olímpico”, explicou.

Se depender das previsões de medalhas feitas pela empresa Gracenote, especialista em análises e previsões esportivas, não será desta vez que Keno voltará para casa com uma medalha pendurada no pescoço. Seus analistas acertaram quase todos os resultados do Brasil na Rio-2016.

Já para Tóquio-2021, o estudo e previsão é que, do boxe, somente deverão ganhar medalhas os também baianos Beatriz Ferreira e Hebert Conceição. Bia o ouro e Conceição o bronze. Os outros cinco integrantes da seleção brasileira estão fora da projeção. “Sobre esta análise, é como foi falado: acertou quase todos. Eu tenho grandes expectativas em trazer uma medalha e possibilidades também. Então, estou no jogo”, retrucou Keno.

Um dos técnicos da seleção olímpica, o baiano Amônio Silva concorda que a conquista de medalhas está em aberto para todos: “A gente conseguiu classificar o número maior de atletas em toda a história da seleção brasileira. Classificamos também, pela primeira vez, um número maior do que Cuba. Colocamos oito, mas infelizmente por uma de nossas atletas cair no exame de doping [Flávia Figueiredo], a gente vai com um a menos”.

Para o treinador, não será surpresa Keno voltar para o Brasil premiado. “Digo isso, pelos resultados dele em todo o ciclo olímpico. Foi campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude e, apesar da idade, é um atleta que tem uma qualidade técnica e tática muito boas”.

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