ESPORTES
Vanderson faz aniversário e leva ovada dos companheiros
Por Moysés Suzart l A TARDE
Pensou em camisa 10 do Santos, lembrou do Rei Pelé. A 11 é sinônimo de Romário em todos os lugares que ele passou, assim como a 9 de Ronaldo, hoje no Corinthians. Porém, aqui no Vitória, foi a camisa 5 que se tornou eterna com o início da história de Vanderson no clube. O volante já deixou sua marca na Toca e transformou o número destinado ao primeiro volante em sinônimo de raça no Leão.
Nesta quinta-feira, 22, Vanderson completou 30 anos, quatro deles dentro do Barradão. “Costumava dizer que passava meus aniversários aqui no Vitória e longe da família. Porém, hoje, minha família também é o Vitória. Aqui ganhei uma amizade de coração com Jackson e ganhei Tuca (massagista) como meu novo pai”, disse o Pitbull.
Porém, esta família na toca não comemora o aniversário de forma convencional, com bolo e parabéns. Após o treino, os jogadores, sob o comando de Jackson, prepararam um presente de grego. “Eles enterraram o ovo desde terça. Mas não esperava até grama no meio. Mas tudo bem, eu não sou vaca mas trabalho na grama e estou acostumado. Me senti como Marcelo Heleno comendo grama. Mas depois eu pego Jackson, o cabeça de tudo”, brincou Venderson, sujo de ovo, farinha de trigo, grama e até água oxigenada.
Depois da lambança, Vanderson ganhou um bolo de duas torcedoras e dividiu com os colegas de profissão e com a imprensa. “Rapaz, não vou comer isto não. Ele deve ter colocado pimenta”, desconfiou Jackson, ao receber o primeiro pedaço de bolo.
Além de transmitir alegria ao grupo, Vanderson tem um papel fundamental na história recente do Vitória. Do elenco atual, foi o único que participou de toda campanha do Vitória no retorno à Série A do Brasileirão.
O volante assumiu a camisa 5 rubro-negra na Terceirona de 2006 e não largou mais, passando pela Série B, em 2007, além dos dois últimos anos na elite do futebol brasileiro. “Minha história no futebol já se confunde com o Vitória. Por isso costumo dizer que meu jogo marcante foi na minha estreia, na Série C, no triunfo de 3 a 1 no Ferroviário, lá. Nem sei quantos jogos fiz, mas gol fiz muito: dois”, brincou.
Vanderson já completou 169 jogos oficiais vestindo a camisa vermelha e preta, além de dois não oficiais. E a evolução pode ser percebida ao longo das partidas. Balançar a rede não é seu forte e só marcou dois, na Série B de 2007, contra Fortaleza e Santo André. Mas, defensivamente, já se tornou o famoso macaco velho.
Em 2008, Vanderson já havia levado o dobro dos cartões amarelos que levou este ano. Tudo se deve ao companheiro Uelliton, que divide a tarefa la atrás. “Já tive muitos companheiros e acabei aprendendo a jogar com cada um. Só fiz ganhar experiência com isso”, finalizou.
Bandeira para Ramon - Assim como Vanderson, que já ganhou um bandeira da torcida, Ramon também vai receber esta homenagem no jogo contra o Corinthians, próxima quarta. O Reizinho da Toca vai receber uma coroa, além de uma placa atualizada agradecendo os serviços do craque.
Porém, antes da homenagem no jogo contra o Timão, o Vitória ainda enfrenta o Atlético/MG, neste sábado, às 17h30. No coletivo desta quinta, Vagner Mancini optou por manter Roger na frente e Jackson no meio. Porém, no decorrer dos trabalhos, tirou o atacante e colocou Leandrão. Viáfara já não sente a coxa e está apto para enfrentar o Galo.
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