ESPORTES
Vitória perde para o Palmeiras de virada fora de casa
Por Daniel Dórea, do A TARDE
A discussão filosófica sobre justiça em uma partida de futebol não vai fazer bem aos torcedores rubro-negros depois da derrota de ontem, por 2 a 1, para o Palmeiras, no Parque Antarctica. É que o Vitória foi superior durante quase todo o tempo, abriu o placar no início da segunda etapa e teve diversas outras chances de ampliar. Porém, dois cochilos da zaga passaram o triunfo para o lado do Verdão, que mostrou um futebol muito pouco qualificado diante de sua torcida.
Após o apito final do árbitro Heber Roberto Lopes, não foram poucas as lamentações dos jogadores do Vitória, principalmente em relação às oportunidades perdidas, mas também contra a auxiliar Márcia Bezerra, que não viu a bola ultrapassar a linha em cabeçada de Roger, no finalzinho do primeiro tempo.
“Fomos um time de homens, de guerreiros, pois encaramos o Palmeiras de igual para igual. Perdemos porque não aproveitamos as chances e também porque a bandeira não teve coragem de dar aquele gol”, reclamou o volante Vanderson. O zagueiro Wallace resumiu: “Foi injusto”. E o meia Leandro Domingues soltou aquele velho ditado: “Futebol é isso. Quem não faz toma”.
Já o técnico Paulo César Carpegiani estava incrédulo diante da inesperada derrota, depois de o Vitória ter dominado o jogo. “Eu já achava o empate injusto, o que dizer então da derrota? Não sei nem explicar esse resultado adverso. E isso é ruim, quando o treinador não consegue explicar porque seu time perdeu”, admitiu ele, que preferiu não se queixar do erro da auxiliar. “Acontece. Tivemos chances melhores do que aquela. O maior problema foi que não conseguimos matar o jogo”, disse o comandante, que conseguiu enxergar um lado bom mesmo decepcionado: “Estou satisfeito com a produção da equipe, o que mostra que temos condições de fazer uma grande campanha”.
Por enquanto, apesar do insucesso de ontem, a trajetória rubro-negra é ótima na competição. Em dois jogos no Barradão, o time faturou duas vitórias e, fora de casa, teve um triunfo e duas derrotas. O time só caiu uma posição. De segundo, posição agora ocupada pelo Atlético Mineiro, passou para terceiro. Na próxima rodada, o Leão continua sua andança longe da Toca. Enfrenta, no domingo, às 18h30, o líder Internacional, em Porto Alegre.
Quem para? – Em alta velocidade, o lateral Apodi passeou no lado esquerdo da defesa do Palmeiras e foi o grande destaque do Vitória na partida. Além de esperto nas arrancadas, o potiguar também estava inspirado tecnicamente e marcou o único gol do Leão, mas seu esforço não foi recompensado pela dupla de ataque, formada por Roger e Adriano. Os dois tiveram boas chances de garantir o triunfo, principalmente em jogadas construídas por Apodi, mas não conseguiram marcar.
Por outro lado, o trio de zaga rubro-negro também merece boa parcela da culpa. Impecável durante a maioria do tempo, os beques erraram em lances capitais. No primeiro, deixaram quatro palmeirense livres e em posição legal. Entre eles, o paraguaio Ortigoza, que não perdoou. No segundo, já nos descontos, o reserva Marco Aurélio, que tinha acabado de entrar com a tarefa de evitar o perigo em bolas aéreas do alviverde, subiu pouco e deixou Maurício Ramos fazer o gol da virada. Aí não havia mais tempo para reação.
Ainda com sete jogos de suspensão para cumprir, o atacante Neto Baiano pode estar deixando o Vitória. O presidente Alexi Portela admitiu que o artilheiro tem algumas propostas, inclusive uma do Japão. “Se pagarem a multa e ele quiser sair, não poderemos fazer nada”, afirmou.
Em compensação, o cartola revelou que Dinei, destaque rubro-negro no Brasileiro de 2008, pode voltar: “Estamos tentando, mas o que pega é que, se ele ficar mais um ano lá (na Espanha, onde joga no Celta de Vigo), ganha cidadania europeia. Se ele vier para o Brasil, estamos na briga”.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes