GUERRA NA UCRÂNIA
Informações dos EUA ajudaram Ucrânia a localizar generais russos
Ucrânia atacou altos oficiais russos
Por AFP
As informações de inteligência proporcionadas pelos Estados Unidos ao exército da Ucrânia permitiram a localização de vários generais russos perto das linhas de frente, afirmou o jornal New York Times, que citou fontes anônimas do serviço de inteligência americano.
Os esforços de Washington para ajudar a Ucrânia nos combates "foram concentrados em determinar a localização e outros detalhes sobre os quartéis móveis do exército russo", informou o jornal.
De acordo com fontes da inteligência citadas sob anonimato, as informações, combinadas com as da Ucrânia, assim como a interceptação das comunicações, permitiram ataques de artilharia contra altos oficiais russos.
As fontes anônimas não revelaram os nomes das vítimas, indicou o New York Times.
O Conselho de Segurança Nacional (NSC na sigla em inglês) americano classificou de "irresponsável" a afirmação de que Washington está ajudando Kiev no assassinato de generais russos.
"Os Estados Unidos fornecem inteligência no campo de batalha para ajudar os ucranianos a defender seu país", escreveu a porta-voz do NSC, Adrienne Watson, à AFP em um e-mail.
"Nós não fornecemos inteligência com a intenção de matar generais russos", acrescentou.
Na segunda-feira, o Pentágono anunciou oficialmente que o chefe do Estado-Maior russo, Valery Guerasimov, visitou a linha de frente na região do Donbass, leste da Ucrânia, durante "vários dias" na semana passada, o que sugere que os principais comandantes militares russos estavam se aproximando dos combates.
Mas o Pentágono não confirmou os boatos de que Guerasimov está ferido.
Um assessor do ministério do Interior da Ucrânia afirmou no domingo que muitos oficiais russos foram atingidos em uma "explosão" em Izum, no leste da Ucrânia. Ele também disse que o chefe do Estado-Maior russo estava no local. Outra fonte ucraniana, no entanto, afirmou que Guerasimov não ficou ferido.
Os ucranianos anunciaram que mataram vários generais russos desde o início da invasão em 24 de fevereiro.
A ajuda americana à Ucrânia na área de inteligência, que Washington não revela, se une aos bilhões de dólares em equipamentos militares entregues - de forma mais transparente - ao exército de Kiev, incluindo armas antitanques, munições e, mais recentemente, artilharia pesada, helicópteros e drones.
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