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Revéillon no condomínio é opção para quem busca comodidade e segurança

Administradores organizam as festas, contratando atrações e serviços

Por João Vítor Sena*

23/12/2023 - 5:55 h | Atualizada em 23/12/2023 - 7:05
Imagem ilustrativa da imagem Revéillon no condomínio é opção para quem busca comodidade e segurança
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O período do fim de ano é marcado por festas, comemorações e viagens. No entanto, existem moradores que preferem festejar o Réveillon no conforto do condomínio, onde síndicos e administradores organizam festas dentro do próprio ambiente condominial, contratando atrações e serviços que permitem celebrar a virada do ano sem sair de casa.

De acordo com Muriel Coelho, analista de Marketing e Eventos do condomínio Le Parc, comemorar o Réveillon dentro de um condomínio é uma oportunidade para reunir todos os moradores e fazer com que todos celebrem juntos. “Trazer essa comodidade e segurança numa festa dentro de um condomínio é essencial para os condôminos”, afirma.

Tais Gibaut, assessora de investimentos, aponta que esses dois fatores são o que diferem a comemoração de grandes festas de rua. “Se você beber, não tem que pegar carro por aplicativo. A principal diferença é a segurança, eu desço (para a área comum do condomínio), não tenho que me preocupar para onde meu filho foi. Por ser muito divertida, não deixa a desejar quando comparada a nenhuma outra festa que já fui”, relata.

Assim como nas grandes festas de fim de ano, comemorações dentro de condomínios contratam atrações musicais para animar a noite. Segundo Taís Gibaut, esse é o principal fator que encoraja a participação dos condôminos. “(A festa) só é interessante por causa das atrações musicais. (No meu condomínio) são duas bandas, uma de abertura e outra de fechamento. São bandas extremamente animadas, que tocam todo tipo de música, agradam dos mais jovens aos mais velhos”, diz a assessora.

Festa inclusiva

A presença de barraquinhas de pizza, crepes e demais alimentos é outra comodidade proporcionada pelo espaço, muito embora não torne o consumo obrigatório para aqueles que comparecem às festas. Segundo Muriel, os moradores podem ficar à vontade para levarem comida preparada em casa para a comemoração.

Dentro dos condomínios, ainda é possível tornar a celebração mais inclusiva. De acordo com Fernanda Salinas, presidente da Associação Alphaville Salvador 2, há o esforço de instalar brinquedos e camas elásticas para que as crianças também possam curtir a festa. “A gente também coloca uma sala de descanso para crianças, com uma monitora e vários colchonetes onde elas podem ficar dormindo, aí os pais podem voltar a curtir a festa”, conta.

Da mesma maneira, a proximidade com os apartamentos permite que idosos com problemas de locomoção possam desfrutar da festa sem maiores preocupações. “Tenho uma sogra que é muito idosa, tem problema no joelho e não pode ficar em pé. (Na festa do condomínio) ela consegue participar com a gente”, aponta Tais.

Porém, conforme o número de atrações aumenta, maior se torna o orçamento necessário para custear o evento. Assim, cobrar ingressos para a entrada pode acabar se tornando uma necessidade. Segundo Sandro Dantas, diretor social de eventos da Associação presidida por Fernanda, essa cobrança acaba sendo um meio de ratear as despesas da festa entre os moradores.

A advogada Cíntia Lavigne, especialista em direito condominial, ainda afirma que esta cobrança é permitida por lei e pode estar prevista nas normas do condomínio.

Antecipar organização

“Para fazer essa festa acontecer, tudo é cuidadosamente planejado para oferecer o ambiente acolhedor e festivo de uma festa de rua dentro da comodidade da sua casa”, relata Muriel. Segundo ele, os preparativos para a próxima edição já começam em janeiro, quando há a busca pelas atrações musicais.

Tendo isso em vista, alguns condomínios já planejam um calendário com festas que serão comemoradas ao longo do ano, assim como o orçamento necessário para cada evento. “Fazendo isso, a gente consegue um orçamento mais em conta. Quando você sai na frente, consegue baratear tudo”, afirmam Sandro e Fernanda.

Essa antecedência também possibilita uma melhor organização da distribuição de funcionários no dia da virada, já que, segundo Lavigne, a lei dita que os postos de trabalho não podem ficar desocupados durante a confraternização.

* Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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