CADERNO IMOBILIÁRIO
Casacor Bahia abre as portas ao público na próxima sexta-feira
Evento na próxima sexta-feira, 21, em Salvador, e vai até 4 de dezembro
Por Fábio Bitencourt
Com o tema “Infinito Particular”, a Casacor Bahia 2022 abre as portas ao público na próxima sexta-feira, 21, em Salvador, e vai até 4 de dezembro. A mostra de arquitetura, decoração e paisagismo este ano ocorre simultaneamente em dois endereços: no Horto Florestal, em seu formato tradicional; e na Saúde, centro da capital baiana, onde funciona a Casa de Saúde Solange Fraga.
Ao todo serão 46 ambientes assinados por 32 profissionais. As obras nos locais estão em ritmo acelerado, diz o diretor geral e franqueado da marca no estado, Carlos Amorim.
No Horto, o evento acontece na rua Sapucaia, número 117; de quarta-feira até sábado, das 16h às 22h, e, aos domingos, de 15h até 21h. Na Saúde, a rua é a Jogo do Carneiro, 410; e o horário de funcionamento será de 14h às 19h, de quarta a domingo. Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia) para o primeiro; R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), o segundo.
O mote da edição é inspirado na canção de Marisa Monte, (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown).
“A mostra volta revigoradíssima, com espaços muito criativos, o trabalho de profissionais incríveis. Em um movimento bastante interessante, personalíssimo. Esse ano enveredamos pela memória, a sensibilidade, e o sentido social da moradia. Ao mesmo tempo, em sintonia com o mercado imobiliário. A ideia é uma viagem por um infinito particular de apuro estético extraordinário”, fala Amorim.
Participante da Casacor desde 2005, o arquiteto Wesley Lemos conta que, a convite da Todeschini, projetou uma cozinha integrada com copa de 27 metros quadrados com móveis planejados 100% desenhados por ele. O objetivo, segundo Lemos, é demonstrar o que fez na própria casa, e o visitante poder “ver o que mudou” (na forma de pensar o ambiente).
“É um espaço híbrido para refeições e preparo da alimentação. Com o uso de materiais simples, pedra (na bancada) mais avermelhada, rústica”, diz Lemos.
Os arquitetos Caio Bandeira e Tiago Martins, do escritório Architects + CO, são os responsáveis pelo masterplan.
Participam ainda Aline Cangussú, Ana Paula Guimarães e Tiago Manarelli, Ana Paula Nonato e Ana Claudia Nonato, Augusto Senna, Carol Barreto, Daniela Alencar, Dinah Lins, Frederico Jordan, Jessica Araújo, Joilson Barbosa, Lorena Damásio, Márcio Davi, Mariana Castro, Marlon Gama, Natália Coelho, Paula e Tânia Facchinetti, Primo Arquitetura, Stephanie Mattos, Tatiana Campos Melo, Vinicius Rosaneli e Beatriz Edington, Vitor Martins e Walter Shimmelpfeng.
O evento tem a Deca como patrocinadora master e a Coral como tinta oficial.
Imóvel da Saúde
Dolores Landeiro, Celeste Leão e Camila Maia (assim como Caio Bandeira e Tiago Martins) estão à frente dos trabalhos na Casa de Saúde Solange Fraga. O imóvel é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, desde de 2009, funciona como lar de acolhimento para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica vindos do interior do estado para tratamento oncológico ou cardiológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
O lugar está passando por uma ampla reforma. Todo o material e mão de obra empregados estão sendo doados por meio das empresas e profissionais integrantes da Casacor Bahia.
“É uma obra grande, em uma casa antiga. A parte civil está finalizando e começamos a montar os armários. Alguns móveis estão chegando”, diz a designer Dolores Landeiro. “Ganha mais rapidez com os apoios”, fala. Em dificuldades, o espaço estava fechado desde 2019, sendo assumido este ano pela Santa Casa da Bahia e o Grupo Oncoclínicas. O projeto é liderado pela médica Clarissa Mathias.
Dolores conta, porém que, por exemplo, faltam ser doados aparelhos de ar-condicionado, e lembra que o projeto continuará necessitando de patrocinadores. Ela acredita que a visitação deva estimular o engajamento na sociedade. Aos pacientes, a Casa de Saúde Solange Fraga oferece refeições diárias, transporte, aulas de música, teatro e artesanato; além do acesso à chamada “Escola Hospitalar”, projeto da Secretaria Municipal de Educação (Smed).
Celeste Leão conta que ela própria optou por participar do “braço social” e beneficente da mostra. Ficou no total com sete ambientes, entre brinquedoteca, sala de dança, parque, banheiros infantis e de visitantes. O foco foi na parte lúdica, voltada para a cura”, fala Celeste.
“Esse é um momento de muita sensibilidade, que requer cuidado, empatia, e a causa é bastante nobre. O objetivo foi participar de um trabalho que ficará para o depois. Contamos com a parceria de muitos artistas plásticos, conseguimos uma boneca gigante, de um metro e sessenta, que é uma espécie de fada bailarina, para que a criança possa acreditar na recuperação”.
Dez participações
Com dez participações na mostra, a designer Bruna Oliveira fala que é grande a “expectativa” para este ano. O espaço dela é um living jardim com 80 m². “É uma proposta diferente, com a integração dos ambientes interno e externo falando a mesma linguagem. O projeto foi pautado nos novos hábitos de viver a casa, sentir os espaços mais vivos através dos elementos da natureza, do também conforto estético e visual. Cada detalhe pensado em proporcionar um verdadeiro aconchego a quem nos visita”.
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