CADERNO IMOBILIÁRIO
Planeta Casa é tema da Casa Cor Bahia 2019
Por Fábio Bittencourt

Preocupação com o meio ambiente (sustentabilidade); inclusão social; acessibilidade; afetividade nas relações humanas; “conectividade”; o mundo em constante transformação. Com o mote Planeta Casa, abriu as portas na última terça-feira e segue até o dia 8 de dezembro, no bairro Horto Florestal, em Salvador, a Casa Cor Bahia 2019.
Entre varanda, quarto, loft, banheiro, sala de jantar, a 24ª edição da mostra conta com 33 ambientes assinados por 40 nomes da arquitetura e design de interiores. O número inclui ainda bar, restaurante, café, bilheteria, miniauditório, “instagramável”, Casa de Vidro instalada no Salvador Shopping – e o Living do Empreendedor, ou espaço para “rodadas de negócios”, projeto de autoria de Sidney Quintela.
Em todos eles a marca do luxo, além de uma “pegada ecológica”; requinte, funcionalidade, inovação; também muito verde, madeira, vidro, grandes janelas favorecendo iluminação e ventilação naturais – a busca pela maximização dos recursos. Rampa de acesso, cadeira escaladora e plataforma elevatória facilitam a mobilidade no local.

Instalada no espaço de duas casas que depois vai dar lugar a um empreendimento de alto padrão da construtora Prima, com quatro suítes e 171 metros quadrados, a Casa Cor Bahia, segundo o curador e franqueado da marca, Carlos Amorim, opera este ano com baixa emissão de carbono, “entre outras ações, visando minimizar o impacto na natureza”.
Ainda segundo ele, uma startup especializada na destinação e tratamento de resíduo orgânico e sólido foi contratada para fazer essa gestão. “Este ano (a mostra) está muito alinhada com a temática, por causa desses investimentos (em soluções). Nós nos reposicionamos no mercado junto com o setor imobiliário”.
“Somos um evento ligado ao mercado e queremos interagir com os lançamentos da área, incentivar novos produtos, e que o mercado incentive a mostra. A ideia é despertar no visitante o sonho de ter um lugar perfeito para viver, de aconchego. Ao mesmo tempo conectado com o mundo, mas que propicia conforto”.
Em sua (“talvez”) 15ª participação, a arquiteta Aline Cangussú nesta edição é autora do Espaço Deca, um lounge com espaço gourmet integrado onde “nada, além das plantas, foi extraído da natureza”, ela diz. No lugar do mármore, bancada em dekton (material sintético) – que “não mancha, não trinca, não arranha e tem garantia de 20 anos”. A madeira, idem.
Aline conta que o convite partiu do patrocinador global do evento, líder em louças e metais sanitários, que em 2019 lançou uma linha de cubas de cozinha, tanto em louça como aço. “A Casa Cor é um dos mais importantes eventos de que participo. O retorno é sempre muito positivo, a mídia é diferente. O contato com o público, o clima. Sempre apostei muito (na participação)”.

Com 60 m², tela de 150 polegadas de altíssima resolução e dividido em três espaços distintos – sofá e poltronas, mesa de jogos e ambiente de bar –, o Home Theater, criação do arquiteto Marlon Gama, é uma sala de cinema “para uma família que prima pela interação entre seus membros, e no qual o ponto mais importante (do projeto) foi o conforto e a acústica do espaço”, fala.
Segundo Gama, a tela grande é hoje uma “tendência”. “Nosso objetivo foi aplicar a maior tecnologia possível, sem ficar chato, inacessível. No campo da estética, mantivemos nossa linha de projetos com personalidade, contraste de móveis e peças de design, com antiguidades. E para permitir a melhor reverberação do som, escolhemos tecidos, objetos de composição sustentáveis em suas bases naturais, abusando de tramas e texturas como linho e couro”.

Adega 3D
Um dos ambientes mais “intimistas”, digamos assim, com nada menos que uma adega em forma de diamante, toda em vidro, espelho e acrílico, é o living com “aura“ em tons de preto, cinza e grafite ébano de macassar – trabalho de Flávio Moura. Com 88 garrafas de vinho em uma espécie de “aquário”, ele diz que o “efeito 3D (dos espelhos) faz parecer que são 300” (garrafas).
“Gosto de criar projetos com linguagem moderna e detalhes clássicos. A primeira peça escolhida foi um aparador bem bonito, elegante de (madeira) ébano de macassar, com rajadas de preto e marrom, bastante nobre, que empresta um ar imponente, unindo o clássico ao contemporâneo”.
“O preto tem uma referência grande no meu trabalho. É uma linguagem que uso, na medida certa, e sempre misturado com branco, outras cores. Os traços retos, o rebaixamento do teto, os volumes. É preciso humanizar os ambientes; o projeto contempla um jardim de inverno com uma grande janela de vidro reflexivo, que é para a natureza se voltar para dentro de casa”.
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