CADERNO IMOBILIÁRIO
Varanda ou cozinha integrada vira um espaço gourmet
Por Madson Souza* | Foto: Marcelo Negromonte | Divulgação
A palavra “gourmet”, de origem francesa, antes destinada para um conceito de culinária mais elaborado, mirando consumidores mais exigentes, agora toma conta da vida cotidiana. Temos as barbearias chiques, os food trucks se espalhando desenfreadamente, e o mundo da decoração não podia ficar de fora desta tendência.
O processo de estilização de ambientes residenciais se desenvolveu especialmente na moda das varandas, mas não se resume só a esse espaço. Também é parte dessa onda, como explica a designer de interiores Tuvinha Papaleo, “as cozinhas integradas às salas, gerando ambientes que interajam entre si”.
Conforto e funcionalidade são os princípios dessa ideia, que busca integrar o preparo de alimentos e bebidas no mesmo ambiente em que podem ser recebidos os convidados.
Junto com o minifrigobar, a combinação certa de mesas e cadeiras, e os revestimentos variados, o que não pode faltar é a praticidade. “O gourmet tem que ser prático com certeza, isso facilita na hora de receber as pessoas, de manter o espaço. Por isso tem que ser pensado com cuidado”, conta a arquiteta Milla Holtz, do escritório Milla Holtz e Bruno Sgrillo Arquitetos.
Bruno Sgrillo, arquiteto e sócio de Milla no escritório, concorda e aponta: “Quando criamos os ‘espaços gourmet’ pensamos logo em interação. Seja entre o anfitrião e seus convidados, ou apenas para si mesmo, para uma desaceleração do dia a dia”.
De acordo com Tuvinha Papaleo, existem meios para contornar as questões orçamentárias, como, por exemplo, “usar materiais alternativos ou adaptar com o que o cliente já possui”.
Enquanto Bruno Sgrillo é ainda mais específico e dá dicas para tornar os espaços aconchegantes, mas sem perder a beleza. “Trate o espaço com carinho. Arrume a mesa, coloque um arranjo com uma plantinha, coloque um frigobar ou uma cafeteira. Isso já torna o espaço mais aconchegante”, recomenda.
Paredes verdes
O mais pedido atualmente são paredes verdes com plantas e flores, além de equipamentos como cervejeiras e chapas elétricas, de acordo com Bruno Sgrillo. Já para Tuvinha Papaleo, as coifas, os cooktops mais modernos e equipamentos domésticos, compactos e sofisticados são a tendência do momento.
Com tantas estéticas, moldes e padrões, a pergunta que fica é se a gourmetização dos locais encontra espaço para personalidade, para o indivíduo. “A tendência é o gosto do dono. Podemos ter gourmet rústico, retrô, clássico ou moderno, não tem regra. Ele tem que ser prático, confortável, funcional e com bons equipamentos para facilitar o uso”, afirma Milla Holtz.
Seja pelas rotinas mais estressantes, pela violência urbana ou até o aumento de pessoas trabalhando dentro de suas casas; o fato é que a gourmetização das residências é um fato. “Além de que existe hoje uma tendência de curtir mais sua própria casa, recebendo amigos e familiares”, identifica Tuvinha.
No fim das contas o que vale é o aconchego e o conforto do espaço, a funcionalidade para receber a família, os amigos e, claro, descansar. É como diz o velho ditado: não há lugar como o lar.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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