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MUITO

Cinema animado

Por Eron Rezende

04/03/2015 - 16:02 h | Atualizada em 05/03/2015 - 14:27
animação
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Num mercado audiovisual em que uma produção demora, em média, quatro anos para deixar de ser projeto, o coletivo Anima Bahia pode ser encarado como experimento fantasista: numa casa no bairro da Federação, três designers, duas produtoras e dois roteiristas reúnem-se diariamente para realizar cinco séries e um longa no prazo máximo de 18 meses. "Não há devaneio", diz o guia do grupo, o designer e artista plástico Ducca Rios. "Há um mercado para a animação".

Empreendimento-resposta à crescente demanda por animações no país, o Anima Bahia é, de perto, um cálculo. Na manutenção do grupo, somam-se um edital da Ancine (que garantiu um aporte de R$ 1 milhão) e a experiência da Origem, produtora fundada em 1995 por Ducca e pela publicitária Maria Luiza Barros, também integrante do coletivo.


"Sempre falo que Maria Luiza e eu fomos pioneiros na ideia de viver comercialmente do audiovisual na Bahia", diz Ducca, que tem no currículo a animação Tadinha, premiada como melhor filme no Festival Internacional de Cinema Infantil, em 2011. "Aqui, há muitos cineastas autores, mas ainda há poucos cineastas produtores. Quando começamos a investir em filmes e séries para a TV e para o mercado publicitário é que outros realizadores despertaram para este filão".


Olhos de ouro
Foi de olho nos canais infantis da TV paga, num momento pós-lei que os obriga a exibir conteúdo nacional, que Ducca e Maria montaram o projeto e a equipe do Anima Bahia, que inclui a escritora carioca Flávia Lins e Silva e a produtora Cândida Liberato, filha do bandeirante da animação nacional, Chico Liberato. Mesmo sem os contratos de exibição totalmente fechados, há uma satisfação entre os membros do coletivo que parece apontar para a impossibilidade de as produções caírem na gaveta.

"A área de animação tem sido a menina dos olhos de ouro dentro do audiovisual no Brasil. É um campo transversal, porque ele gera emprego no cinema e na indústria de brinquedos, além de ter uma verve educativa", diz Cândida. "E a animação é, também, um divulgador do país para as crianças. Não é fácil comercializar audiovisual, mas nós nunca estivemos num momento tão bom".Rascunhos

Nas paredes do escritório do Anima Bahia, as crianças são alvos. Storyboards dão pistas do enredo das séries em produção. Há Tori, a detetive (animação com toques de Sherlock Holmes, que reúne um papagaio, uma ararinha e dois cachorros); Bellatrix (a super-heroína); Bill, o touro (no qual um boi e um pato são amigos que disputam tudo); e Turma da harmonia (série que mostrará como funcionam os instrumentos musicais). O enredo do longa ainda é rascunho, mas Ducca sinaliza que será ligado às raízes nordestinas, como as produções assinadas por Chico Liberato.

Foi o clássico Boi Arauá (1985), de Chico, que levou Ducca ao fascínio pela animação. E é a simplicidade das histórias infantis que ele pretende imprimir nas produções do Anima Bahia - "sem recursos tridimensionais, mas com histórias universais", como ele diz. "O interesse do público pelos personagens muda quase todo ano, sejam os personagens animais, objetos ou humanos. Mas acho que, se há uma história, uma música que funciona, o trabalho está feito", diz. "Isso é o que conecta todos os grandes sucessos da animação".

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