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Fernando Torquatto: ''Minha força vital é o meu trabalho''

Por Alessandra Oliveira | Foto: Uendel Galter

24/09/2019 - 16:42 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
Fernando Torquatto fala sobre beleza e moda nos tempos em que as redes sociais estão em alta
Fernando Torquatto fala sobre beleza e moda nos tempos em que as redes sociais estão em alta -

A beleza suscita questões filosóficas desde a Grécia. Ela seria inata à coisa/pessoa ou está naquele que contempla? Enquanto se propunha conceitos universais, cada cultura foi moldando seus padrões ao longo da história, alguns deles opressores, principalmente às mulheres. Com as redes sociais e o intenso fluxo de circulação de imagens e de informação, o debate sobre a beleza ganhou fôlego. Para o maquiador, fotógrafo e consultor de estilo Fernando Torquatto, o aumento no número de perfis e canais online sobre o assunto são uma “loucura” necessária. “As pessoas vão ganhar uma maturidade em termos de beleza, do que usar de produto, de como se manifestar. Vai ser incrível”. Famoso por trabalhar com estrelas globais, como Taís Araújo, Isabelle Drummond, Fernanda Montenegro, e supermodels, como Kate Moss, Fernando está lançando um livro, Torquatto, em celebração aos seus 25 anos de carreira, com 250 fotos autorais de momentos e pessoas marcantes na sua trajetória. A fotografia entrou na sua carreira como instrumento para eternizar os trabalhos de maquiagem e cabelo, mas sempre esteve presente no olhar do artista: “Tudo é quadro, né? Tudo é uma cena. Um mulher que entra em uma festa, em um casamento, é uma cena. Tudo é um filme. Encaro tudo na minha vida como se fosse uma sequência de filme”. Ele, que frequenta Salvador há cerca de 16 anos, esteve aqui no sábado passado, dia 14 de setembro, para o lançamento da sua obra, cuja arrecadação das vendas foi doada para o projeto Voluntárias Sociais da Bahia. Fernando conversou com a Muito sobre sua relação com a Bahia, fotografia, redes sociais e beleza.

A renda arrecadada na venda dos seus livros em Salvador será revertida para as Voluntárias Sociais da Bahia. Esse não foi um padrão adotado no lançamento em outras cidades. Você tem alguma relação especial com esse projeto?

Acho que é uma relação mais abrangente, com a Bahia de modo geral. Já tenho muito amor pela Bahia, Salvador, especificamente, que venho frequentando há uns 16 anos. Vim primeiro no Carnaval, achei que fosse uma paixão de Carnaval, mas acabei ficando muito amigo de pessoas, como Carlos Rodeiro, que se tornou muito importante na minha vida, um irmão. No segundo Carnaval, eu vi o quanto aqui é especial em termos de energia e nunca mais consegui tirar a Bahia do meu coração. A Aurora Mendonça, minha namorada, ela gosta de gente, assim como eu gosto de gente. Ela me falou das Voluntárias e, assim como em todo lugar do Brasil, o quanto elas precisavam de apoio. Então, surgiu a ideia e eu achei incrível. A própria ideia do livro já era de ser acessível, porque é um livro de arte luxuoso e que tem um valor superacessível. Muita gente que trabalha com beleza e gosta de mim, às vezes, está numa fase inicial de trabalho, não tem como investir muito num livro. Então, ele pode ser um instrumento para ajudar outras pessoas.

Como essa ligação com a Bahia tem influenciado o seu trabalho?

Acho que o baiano tem uma paixão por tudo que faz. Não vejo baiano morno. Aqui o pessoal é quente, trata a vida com esse calor no coração. No caso do Carlinhos [o joalheiro Carlos Rodeiro], é um cara muito apaixonado pelo trabalho dele, então, a gente teve essa sinergia. Acho que é isso e essa coisa de energia muito forte. Não só as ocultas, mas a energia do dia a dia, a maneira como as pessoas se relacionam, o calor que você troca com as pessoas. Eu sou relativamente reservado, mas aqui pude me sentir confortável com muita gente. De cara já me recebiam bem. Por incrível que pareça, quando você acaba tendo uma certa exposição em mídia, a gente se afasta um pouco das pessoas. Aqui não tive essa sensação, me senti muito acolhido para além do que faço, do show business, mas pela pessoa que eu sou. Tenho certeza de que muita gente gosta de mim aqui, não só do Fernando Torquatto, sabe assim?

No seu livro, você reúne fotografias que marcaram sua vida profissional e pessoal. Claro, as imagens são o principal fio condutor da narrativa. Mas a escolha das fotos também se deu pelas maquiagens? Como foi o processo de escolha das 250 fotos?

É uma celebração que não é só minha, né? É da minha carreira, mas de tantas outras pessoas que estiveram comigo ao longo desses anos, que foram vários tijolinhos da minha trajetória. Digamos que umas 30 imagens, mais ou menos, eu já tinha na cabeça que queria no livro e, obviamente, elas representavam também a maioria, 70% de pessoas que são muito importantes na minha vida. Foi uma combinação dificílima porque não dá para colocar todo mundo. Por incrível que pareça, na semana em que eu ia lançar, encontrei com todo mundo que não está no livro. Nem podia dizer assim “vai no meu lançamento” (risos). Mas o prazer foi maior do que qualquer preocupação. Eu também deixei para o designer [Clayton Carneiro] e o editor [Antônio Trigo] falarem quais fotos tinham que estar. Era o tempo inteiro a gente negociando e acabou ficando algo muito dinâmico. Clayton deu a ideia de não fazer nada cronológico porque eu nunca me intitulei nada, eu fui virando. Principalmente com a fotografia. Em muitos momentos eu estava trabalhando com uma equipe que já tinha muitos profissionais de fotografia, mas na hora do almoço eu falava para a modelo “vamos ali no cantinho fazer uma foto sua”. Eu tinha sempre a máquina na minha mochila. Várias fotos desse livro são roubadas desses momentos. A ideia era mostrar meu olhar, minha emoção, e acho que dessa forma ficou muito claro quem eu sou.

Você passeia por diversas frentes: passarela, televisão, ensaios fotográficos. Como equilibrar essas funções? Algumas delas se sobressaem em relação às demais?

É bem intenso. Acho que, agora, eu consegui uma síntese. Antigamente, marcava foto às 22h e ficava até 3h. Era uma vontade tão grande de fazer, que a minha vida ficava perdida no meio disso tudo que eu fazia. Acho que minha força vital está no meu trabalho. Vital mesmo, de estar respirando. Então, chega um momento em que você confunde também, e o trabalho vira vida e vida vira trabalho e você não tem mais tempo para coisas normais, como visitar tua família, tua cidade, tirar férias. Fiquei cinco anos sem tirar férias e achando normal. Não é uma coisa normal. Amanhã tem show da Ivete. Se fosse há um tempo atrás, eu emendaria hoje, ia direto para o voo e depois para a Globo. Não faço mais isso. Assim, consigo curtir mais cada lugar que estou, com mais prazer.

O que mantém a unidade nesses trabalhos?

Acho que é meu olhar fotográfico. Independentemente de eu fotografar ou não. Quando crio um personagem para a TV ou cinema, imagino ele em um quadro. Tudo é quadro. Tudo é uma cena. Um mulher que entra em uma festa, em um casamento, é uma cena. Tudo é um filme. Encaro tudo na minha vida como se fosse uma sequência de filme. Acho que as pessoas imprimem uma impressão quando chegam, contam uma história com o visual antes de falar qualquer coisa. Então, acho que essa visão fotográfica linka desde um trabalho social meu até um trabalho de cinema ou minissérie. Também a fotografia na minha área de beleza me dá a possibilidade de eternizar meu trabalho. Maquiagem, cabelo, entrou no chuveiro, apagou aquilo ali para sempre, nunca mais você vai fazer igualzinho. Mesmo em novela, que a gente tenta fazer igual, não dá, porque a pessoa está com uma cara diferente, lavou o cabelo com outro xampu. Por isso, quando você vê uma imagem, uma música, isso remete a algum momento da sua vida. Como eu acessibilizei muito rápido o meu trabalho, grande parte da minha produção veio de revista semanal, muita gente tinha revista semanal, qualquer pessoa via. Então, muita gente se identifica.

Temos observado uma proliferação na criação de canais e perfis online sobre beleza em geral. Uma pesquisa do Google, de 2018, mostrou que também há alta demanda de informação no Brasil. Somos o segundo país com maior número de buscas sobre esses assuntos no Google e no YouTube, sendo a maquiagem o segundo maior interesse (26,4% do total). Como você avalia esse fenômeno?

A parte positiva, que é a maior de todas, é que as pessoas começaram a se ver de novo. Quando era câmera analógica, você tinha uma em casa, guardada, nem sabia se estava funcionando. Colocava um filme, às vezes, nem revelava. As pessoas não se relacionavam com elas mesmas, não praticavam o ato de se ver, “ah, caramba, até que eu sou bacana” ou “meu cabelo poderia ficar um pouco maior ou mais bonita”. Esse ritual de autoestima, autoconhecimento, ficou mais intenso. Aí elas vão buscar mais informação para tentar entender o que é melhor para elas. O lado ruim é essa pasteurização da imagem, tentar mimetizar o visual de alguém, de uma influencer, uma Kim Kardashian. Mas eu prefiro essa loucura que, daqui a pouco, quando abaixar a poeira, o pó compacto, as pessoas vão se olhar e saber “o que eu gosto de verdade é desse jeito”. Vão ganhar uma maturidade em termos de beleza, do que usar de produto. Vai ser incrível. A gente tinha que passar por essa loucura. Mas é muita loucura hoje em dia. São muitos pseudoentendedores do assunto que não detêm. Com todo respeito a todas as influencers, que tem muita gente bacana. As influencers têm um grande papel de ter acendido essa chama nas mulheres porque muitas não se relacionavam consigo, nem para colocar um batom, uma sombra, um contorno. O saldo é positivo.

Mas pode haver um perigo nisso. O Instagram é considerado a rede social que mais deprime, é muita felicidade, muita beleza inalcançável.

Sim. Até mesmo a gente, essa questão de likes… parece que está todo mundo monitorando seu sucesso ou seu fracasso, teu dia bom ou ruim. É muito complicado, isso mexe com qualquer pessoa, qualquer autoestima. Você entra em um comparativo o tempo todo. Pergunta difícil essa sua... Mas acredito muito na força interior. Eu sou muito, da minha forma, espiritualizado. Primeiro, estou vivo. Já tenho um V de vitória. Se eu tiver alguma dificuldade, vou ter que atravessar essa dificuldade. A gente tem que, de alguma maneira, se fortalecer, e fazer com que esse tipo de coisa não seja importante. Aí você pode até ajudar outras pessoas que estão passando por isso, porque vai dando pânico nas pessoas, é uma coisa séria. A gente chegou numa era… essa questão de autoimagem gera uma coisa… selfies… uma coisa egoísta, de se olhar só, o ego muito centrado. As inseguranças também fazem com que nos demos a mão uns aos outros. Sempre vai ter o lado ruim e o lado bom. Sempre vai ter gente bacana à tua volta para te ajudar a sair de qualquer miniburaquinho, ou um mais profundo, e, claro, procurar ajuda quando necessário.

Com esse crescente número de perfis, surgiram também aqueles que pautam minorias, como maquiagem para negras(os) e gordas(os)...

Deficientes visuais também. Uma amiga desenvolveu uma técnica para deficientes visuais, até cegos 100% se maquiarem. Mas você pergunta “ah, mas para que se ela nem se vê?”. Por que ela sente. Ela sabe que é feminina quando pode fazer o que qualquer mulher faz. E também não vê a internet, né? Mas o trabalho é através da rede social. Então, que força poderosa é essa, que o impossível vira possível? É também conectar essas minorias para a gente não ter essa abordagem que gera discursos isolados, que acabam se combatendo. Acho que é uma época de compartilhar tudo, de as diferenças se encontrarem, se fortalecerem. Óbvio, buscando um eco no que elas possam dizer, mas não para se isolar. Tem um lado negativo dessas vozes que segregam, que falam como uma voz única. Aí você perde identidade. Para mim, tudo que perde o indivíduo, a opinião própria, é ruim. Porque você é um ser único, independentemente da sua cor, do teu corpo, seja lá o que você for. Não gosto quando vira uma voz única. É importante discordar das coisas.

O mercado de beleza abraça esses movimentos?

Com certeza. O mundo não tem mais volta. Todas essas vozes vão ter que ser ouvidas, não tem mais jeito de voltar para trás. Mesmo que algumas marcas se movimentem só porque o mercado está exigindo ou para ter um apelo de marketing. Daqui a pouco isso vai ficar mais orgânico. Eu prefiro que se forcem a fazer até que isso fique orgânico, natural… porque também tudo vira marketing. Tudo, hoje em dia, é oportunidade. Mas é bom porque a gente está vendo as diferenças, encarando a realidade. Ninguém é obrigado a concordar, mas tem que aceitar as diferenças, conviver, respeitar. Se você tem um problema de aceitação dessas coisas, que trate a sua mente, veja qual foi o teu background de criação. Às vezes, a culpa não está naquele, mas numa cadeia que ajudou a ter aquele tipo de preconceito. As histórias começam bem para trás e a gente acaba repetindo esses atos falhos. A gente tem que se livrar disso, se livrar dessas doenças sociais para que o mundo seja realmente compartilhado.

Como seu trabalho ajuda nessa evolução? As modelos com quem você trabalha, em sua maioria, estão no padrão hegemônico de beleza.

Muitos dos materiais que faço vêm de uma produção específica que está em andamento. Eu vou e fotografo. É um registro de um trabalho que foi, geralmente, concebido por uma outra equipe, por uma outra história. Mas no livro eu fiz questão. Por exemplo, [o designer] Clayton dizia, “ah, mas quem é essa pessoa aqui?”. Eu: “Ah, ela é uma recepcionista de um salão em Caxias. Achei ela linda e quero ela no livro”, “esse aqui é um salva-vidas em uma praia, em Guarapari”. As pessoas são especiais porque eu acho elas especiais, não porque são famosas. Claro, eu sou inspirado pela arte grega, pela pintura. Então, essa harmonia clássica de traços de beleza, que todos os artistas trabalharam em toda a história da humanidade, me sensibilizam também. Mas eu comecei a ter maturidade no meu olhar e buscar outras belezas. Hoje em dia, acho que estou pronto para exercer outras coisas. No meu livro, tenho uma modelo trans, a Valentina Sampaio. Antes da Victoria’s Secret, antes da capa da Vogue Paris, eu tinha feito foto dela. Tem um pouco de tudo ali, de tudo que encontrei pela vida. Às vezes, pode ser alguém muito famoso como pode ser uma pessoa que tem um trabalho do cotidiano, mas eu preciso cruzar o olhar, sentir a energia da pessoa. Talvez tivessem outras minorias que seria politicamente correto colocar no livro, mas não quero ser refém disso. Eu sou um artista e o meu olhar é legítimo e acho que sou generoso com a vida, com todo mundo. Generoso comigo porque quero ser feliz em primeiro lugar. Compartilhar e receber as pessoas com carinho é ser feliz.

Como é sua relação pessoal com a beleza? Se maquia todo dia?

Todo dia não. Mas como viajo muito, fico muito cansado. Então tenho uns produtos. Eu fiz até um tutorial, que fez muito sucesso. Já fiz vários vídeos de coisas importantes para mim, sobre a vida... Chega uma hora que eu ligo aquilo ali [câmera do Instagram] e acho um canal bacana para as pessoas entenderem quem você é, não só o que você faz. Mas, então, postei esse vídeo e deu, sei lá… 60 mil visualizações. Os outros, em média, têm menos. Então, o que é importante? As pessoas, às vezes, preferem assistir a um tutorial do que falar da vida. E eu tenho que respeitar. Tem hora de falar da vida e hora de ficar bonito, e as duas coisas são importantes. Eu quero me sentir bonito, gosto de me sentir bonito, mostrar uma certa vaidade, que estou bem, estou vivo, com quase 50 anos. Muita gente desiste rápido das coisas. Então, quando eu me mostro muito vivo, vaidoso, as pessoas sentem “olha, vou me mexer também”. Não para seguir meu padrão, mas seguir o seu próprio. A vaidade serve enquanto te faz se sentir bem, acompanhando o tempo. Se for para você se sentir mais bonito que os outros, melhor que os outros, qualquer coisa que saia do compartilhar, acho ridículo, bobagem. Não me atrai gente assim. Quando me perguntam o que é mais difícil na minha profissão, digo “deixar bonita por fora quem eu não acho bonita por dentro”. Mas tenho tido muita sorte.

Você tem muitos seguidores homens? Como é sua influência nesse público?

Sim. Tem pessoa que gosta de você, do seu trabalho, te acha bacana, você a inspira ou te acha bonito mesmo, tudo é válido. Quando entra muita gente, são vários os assuntos. Muita gente quer saber muita coisa. O que acho mais bacana é que as pessoas me veem mais bonito do que eu me vejo. Isso é um sinal de que estou projetando uma coisa bacana, além da coisa física, um jeito de se lidar com a vida. A minha grande arma é essa. Consigo passar pela TV ou rede social o que eu sou.

Tem limite para a vaidade? Vi uma crítica recente sua sobre maquiagem com excesso de produtos.

Acho que não tem limite. Tudo é para dar brilho à sua personalidade. Qualquer coisa que você ponha que chega na sua frente está errado. Nada pode chegar antes da gente. Eu, por exemplo, amo joia porque tem arte. Eu coloco isso aqui [aponta para pulseira assinada por Carlos Rodeiro] e me sinto protegido. Qualquer coisa para te embelezar tem que compor quem você é, tua essência tem que estar ali e brilhar mais do que nunca.

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