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Boris Johnson volta a se explicar por festas proibidas

Ala mais jovem do partido conservador não esconde desilusão com o escândalo das festas

Por AFP

19/01/2022 - 9:33 h

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson dará novas explicações nesta quarta-feira (19) perante os deputados, enfraquecido pela oposição da ala mais jovem do seu partido, que não esconde a sua desilusão com o escândalo das festas do governo durante o confinamento.

Apesar dos anúncios, com sabor populista, previstos para recuperar o apoio perdido e o provável anúncio de um relaxamento das restrições anticovid, o líder conservador está na corda bamba.

A imprensa britânica informou nesta quarta que cerca de vinte jovens parlamentares conservadores se reuniram na terça para discutir um possível voto de confiança contra Boris Johnson.

Esses políticos acham que têm votos suficientes para tirá-lo do cargo. "O clima está ficando azedo", segundo o Guardian. "Os deputados rebeldes planejam derrubar Boris Johnson", disse o Telegraph, geralmente pró-governo.

Johnson, de 57 anos e no poder desde 2019, está no olho do furacão após as revelações das festas organizadas em Downing Street quando o Reino Unido vivia um confinamento estrito.

As suas desculpas perante o Parlamento, onde reconheceu ter estado presente numa das festas em maio de 2020 afirmando que pensava tratar-se de uma reunião de trabalho, não acalmou as coisas e o primeiro-ministro prepara-se para mais um dia difícil.

Segundo a imprensa britânica, Johnson prevê uma série de medidas populistas. Por exemplo, seu governo disse que usará o exército para bloquear a chegada de imigrantes no Canal da Mancha e poderia abolir um imposto audiovisual que financia a BBC, duas questões delicadas para seu eleitorado.

O primeiro-ministro também deve anunciar um relaxamento das restrições sanitárias após o pico da onda de infecções pela variante ômicron ter sido superado.

Para tirar Johnson da presidência do Partido Conservador e, consequentemente, de Downing Street, pelo menos 54 parlamentares conservadores precisam enviar uma carta ao chamado "comitê de 1922" pedindo um voto de confiança.

Por enquanto, sete deputados admitiram que já o fizeram. Segundo a imprensa seriam cerca de 30, mas a imprensa britânica questiona-se se conseguirão chegar a 54.

"Acho que sim, mas é difícil dizer", disse um dos parlamentares à BBC. Outro comentou ao Telegraph que "chegou a hora" do primeiro-ministro.

Mas o Financial Times estima que há muita indecisão e que alguns deputados querem esperar as conclusões de Sue Gray, uma funcionária que deve entregar um relatório sobre as festas.

Gray vai interrogar, por exemplo, o ex-assessor de Johnson, Dominic Cummings, que se tornou seu inimigo político e que o acusa de mentir.

Além das festas durante o confinamento, o primeiro-ministro também é alvo de acusações de favoritismo e enfrenta uma grave crise no poder de compra dos cidadãos. A inflação do Reino Unido em dezembro atingiu níveis não vistos nos últimos 30 anos.

O primeiro-ministro garante que entende a indignação dos britânicos e na terça-feira voltou a se desculpar em uma entrevista na qual parecia visivelmente envergonhado.

Mas quando questionado sobre uma possível demissão, Johnson evitou a pergunta, mencionando a necessidade de aguardar as conclusões da investigação interna em andamento.

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