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Cintura fina é o eterno padrão da beleza feminina, afirmam cientistas

Por Agência AFP

09/01/2007 - 21:53 h

A beleza feminina sempre foi celebrada através dos séculos, mas perdura a crença de que o que se considera atraente numa mulher não pode ser eternizado, dependendo da moda dominante, da cultura, da etnicidade e do gosto particular. Mas para psicólogos evolucionistas, a moda é apenas a cobertura tênue de uma força mais profunda e imutável, tão antiga e duradoura quanto nossos próprios genes: o impulso darwiniano pela sobrevivência e a atração por uma boa genética.



Na Inglaterra vitoriana, por exemplo, uma boca pequena era o máximo da beleza. Hoje, no entanto, a aparência de botão de rosa deu lugar nas culturas ocidentais à preferência por bocas grandes e volumosas.



Em muitas sociedades, com o passar do tempo, o foco das zonas erógenas secundárias passou por tornozelos, pescoços e joelhos, com penteados que foram mudando de acordo com a moda.



A morfologia feminina desejada também mudou, em parte devido à prosperidade e ao avanço social das mulheres. Nos anos 1950, Marilyn Monroe era o modelo de beleza feminina. Hoje, ela seria convidada a assistir às reuniões dos Vigilantes do Peso.



Assim, pode parecer que não existe um "padrão de beleza", que não existe uma referência permanente, apenas uma variação caótica e sem sentido. Mas este não é o caso, segundo psicólogos evolucionistas.



Para eles, a moda é apenas a cobertura tênue de uma força que é mais profunda, impiedosa e imutável, tão antiga e duradoura quanto os nossos genes: o impulso darwiniano pela sobrevivência e a atração pela boa genética.



Em um teste inovador sobre as duas hipóteses controversas, cientistas das Universidades do Texas, em Austin, e da Universidade de Harvard, vasculharam três séculos de literatura em língua inglesa e três clássicos literários asiáticos de até dois mil anos.



Seu objetivo era responder à seguinte pergunta: que partes do corpo feminino eram enaltecidas como belas por escritores através dos tempos?



Suas fontes foram um site na internet - Literature Online - no caso da literatura inglesa dos séculos XVI, XVII e XVIII; a poesia palaciana chinesa da sexta dinastia (dos séculos IV ao VI d.C.) e dois antigos épicos indianos, o Mahabharata e o Ramayana, dos séculos I ao III d.C..



Previsivelmente, seios, nádegas e coxas - as zonas erógenas primárias - foram muito citadas nestas descrições.



Mas a cintura fina desbancou todas.



Na literatura inglesa, descrições exaltadas de cinturas finas (uma cintura "tão estreita quanto um bastão", "preso à sua adorável cintura", etc.) apareceram 65 vezes contra 16 descrições românticas de seios, 12 de coxas e apenas 2 para quadris e nádegas, cada.



Mas antes que alguém denuncie preconceito contra o excesso de peso, a literatura demonstrou ser repleta de tributos românticos à gordura, mas relativamente poucos à magreza.



O que conta, tanto para as gordas quanto para as magras, é a relativa estreiteza da cintura. Não foi encontrada uma única evocação de beleza em que o objeto de veneração tivesse uma barriga saliente.



Nas obras asiáticas, a cintura fina demonstrou ser ainda mais apreciada, embora não tenha sido encontrada nenhuma referência elogiosa à beleza arrendondada.



Nos dois épicos indianos, a exaltação à cintura fina teve 35 menções, enquanto as outras partes do corpo reuniram um total de 26. Na poesia chinesa, a cintura fina foi evocada 17 vezes, enquanto seios, nádegas, quadris e coxas não foram citadas nenhuma vez; uma única referência romântica às pernas femininas tenha sido encontrada.



O estudo, que será publicado no jornal britânico Proceedings of the Royal Society B, defende que estas referências demonstram que a cintura fina é um objeto de desejo que supera o tempo e as culturas.



Mas, por que isto ocorre?



A resposta, segundo os autores, é que a cintura fina é sinal de boa saúde e fertilidade. Os homens instintivamente avaliam que mulheres com esta característica têm potencial para uma reprodução bem sucedida e, portanto, para perpetuar seus genes.



Pesquisas modernas estabeleceram um vínculo entre a obesidade abdominal e diminuição de estrogênio, uma fecundidade reduzida e um risco maior de desenvolver doenças sérias.



Mas "mesmo sem o benefício do conhecimento médico moderno, tanto escritores asiáticos quanto britânicos intuíam o vínculo biológico entre saúde e beleza", afirmaram os autores do estudo, Devendra Singh, Peter Renn e Adrian Singh.



"Apesar da variação das descrições de beleza, a marca de saúde e fertilidade - a cintura fina - sempre foi um símbolo imutável de beleza feminina", concluíram.



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