Estados Unidos destroem último estoque de armas químicas

O presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira que os Estados Unidos destruíram seu último estoque de armas químicas, encerrando um esforço de décadas para eliminar essas armas letais que foram utilizadas pela primeira vez em larga escala durante a Primeira Guerra Mundial.

Como parte da Convenção de Armas Químicas, ratificada pelo Senado dos EUA em 1997, o país tinha a obrigação de destruir seu estoque de armas químicas até 30 de setembro de 2023.

"Agora, tenho orgulho em anunciar que os Estados Unidos destruíram de forma segura a última munição desse estoque, nos aproximando de um mundo livre dos horrores das armas químicas", declarou Biden em comunicado divulgado pela Casa Branca.

A destruição dos estoques remanescentes dos Estados Unidos ocorreu no US Army Pueblo Chemical Depot, em Pueblo, Colorado, e no Blue Grass Army Depot, em Richmond, Kentucky. Em 2022, o último foguete M55 com o agente VX foi destruído na fábrica em Kentucky.

O estoque de agentes de guerra química dos Estados Unidos chegou a quase 40.000 toneladas em 1968, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

As armas químicas são responsáveis por episódios horríveis de perda humana, e sua eliminação representa um marco importante na história. Durante a Primeira Guerra Mundial, conhecida como a "guerra dos químicos", essas armas causaram a morte de quase 100.000 pessoas e mais de 1 milhão de baixas em todo o mundo desde então, de acordo com as Nações Unidas.

A conclusão da destruição do estoque de armas químicas foi elogiada por Mitch McConnell, líder republicano no Senado dos Estados Unidos, que afirmou que a nação finalmente cumpriu a promessa de se livrar desse mal em seu arsenal.