CONSELHO DE SEGURANÇA
Estados Unidos vetam reconhecimento da Palestina na ONU
Votação buscava reconhecer Palestina como membro pleno das Nações Unidas
Por Da Redação
Os Estados Unidos da América (EUA) vetaram, nesta quinta-feira, 18, o reconhecimento da Palestina como Estado e, consequentemente, como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU).
A votação ocorreu no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, com a participação de 15 países. Argélia, Moçambique, Serra Leoa, Guiana, Equador, Rússia, China, França, Eslovênia, Malta, Japão e Coreia do Sul votaram pelo reconhecimento, enquanto Reino Unido e Suíça decidiram se abster.
Os EUA, como membros fundadores do Conselho de Segurança, possuem direito a veto, anulando assim o posicionamento da maioria do colegiado.
Na avaliação dos norte-americanos, o reconhecimento de um Estado da Palestina independente deve ocorrer em uma negociação envolvendo Israel, e não por uma decisão da ONU.
“Desde os ataques de 7 de outubro, o presidente [Joe] Biden deixou claro que a paz sustentável na região só pode ser atingida através da solução de dois Estados, com garantias de segurança a Israel”, afirmou o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood.
“Há muito tempo nós pedimos à Autoridade Nacional Palestina para que adote reformas que ajudem a estabelecer sua prontidão para se tornar um Estado, e notamos que o Hamas, uma organização terrorista que está exercendo poder e influência em Gaza, hoje é uma parte que integra essa resolução”, acrescentou Wood.
O representante especial da Autoridade Palestina, Ziad Abu Amr, criticou o veto dos Estados Unidos e afirmou que o reconhecimento na ONU concederia ao povo palestino a esperança "de uma vida decente em um Estado independente".
Ainda segundo Abu Amr, essa esperança "se dissipou ao longo dos últimos anos devido à intransigência do governo israelense que rejeitou essa solução publicamente e de forma flagrante, especialmente após a guerra destrutiva contra a Faixa de Gaza".
Israel, por outro lado, comemorou o veto e agradeceu o posicionamento dos aliados norte-americanos. Em publicação nas redes sociais, o ministro de Relações Exteriores isralense, Israel Katz, que a proposta de reconhecer o Estado palestino, "seis meses depois do maior massacre de judeus desde o Holocausto e depois dos crimes sexuais e crimes contra a humanidade cometidos pelos terroristas do Hamas, seria uma recompensa ao terrorismo".
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