MUNDO
Ex-presidente russo Boris Yeltsin morre aos 76 anos
Por Agência Reuters
O ex-presidente russo Boris Yeltsin, que enterrou a União Soviética e comandou a Rússia através de seus caóticos primeiros anos de independência, morreu aos 76 anos.
"Boris Yeltsin morreu em Moscou hoje", disse uma porta-voz do Kremlin nesta segunda-feira, por telefone.
A mídia russa noticiou que Yeltsin morreu de parada cardíaca depois de anos sofrendo com problemas do coração que exigiram várias cirurgias.
Muitos russos inicialmente viam Yeltsin como um herói por acabar com o domínio comunista.
Mas a "terapia de choque" econômica dele afundou milhões de pessoas na pobreza e seus últimos anos no poder foram marcados pelo caos, persistentes notícias de bebedeiras e disputas sangrentas na Chechênia.
Mikhail Gorbachev, o último presidente soviético, elogiou os feitos dele, e destacou suas falhas.
"Expresso as minhas mais sinceras condolências à família do falecido sobre cujos ombros estão grandes eventos para o bem do país e sérios erros", disse à Interfax Gorbachev.
"Um destino trágico", disse Gorbachev, que tinha relações complicadas com Yeltsin.
Em Washington, um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca descreveu Yeltsin como uma "figura histórica durante um tempo de grandes mudanças e desafios para a Rússia".
"Nossas condolências vão para a sra. Yeltsin, sua família e o povo da Rússia", disse Gordon Johndroe.
Yeltsin comandou a Rússia de 1991 ao último dia de 1999, quando entregou o poder a Vladimir Putin. Ele se diferenciou ao se tornar o primeiro líder russo a renunciar voluntariamente.
Muitos contemporâneos de Yeltsin no movimento democrático alegaram que Putin tinha traído o legado do antecessor ao desmantelar a democracia. Depois de ter se aposentado, Yeltsin nunca retornou à política.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes