Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > MUNDO
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

MUNDO

Jovens palestinos usam rap para falar da guerra

Por Agência AFP

03/08/2006 - 19:54 h

Jovens palestinos da Faixa de Gaza escolheram o rap para denunciar a guerra e o mal-estar provocado por um estado de sítio quase permanente, mas também para falar das mulheres.



Em um estúdio de Gaza, Mohammad, Samy e Dany, de 21, 20 e 17 anos, cantam rap porque este estilo "não tem regras, te deixa livre". Segundo eles, existem sete bandas palestinas de rap na Faixa de Gaza. O de Samy e Dany se chama "Dead Army".



"Gosto de rap, porque o rap fala das pessoas que sofrem", explica Mohammad, da banda Palestinian Rappers (PR).



"O rap é o meio mais fácil de falar com as pessoas", diz ele.



Seu último CD, "Dama"s min Loubnan" (Lágrimas do Líbano) é dedicado ao atual conflito no Líbano. Porém, com seu amigo de PR Ayman Meghames, 21 anos, ele também evoca as outras preocupações dos jovens de sua idade em uma Faixa de Gaza que viveu mais na violência que em paz.



"Minhas músicas falam de política, da Palestina, da ocupação israelense, mas também de problemas dos jovens aqui", enumera Mohammad, que passa seus dias mixando melodias no seu computador e em "chats" na internet e vai dormir quando a eletricidade é cortada pois, afirma, não há nada para fazer em Gaza.



"Aqui é o inferno. Não há lugares para sair, nem atividades culturais, e até as visitas aos amigos e os banhos de mar são mais raros agora por causa dos bombardeios. É melhor não andar pelas ruas à noite ou ir à praia", afirma, lembrando que em 9 de junho, a explosão de um obus matou oito civis palestinos em uma praia de Gaza.



"Além disso, as pessoas não estão animadas para festejar", frisa.



O jovem utiliza, portanto, a música para expressar seus sonhos e suas frustrações. "Falamos das mulheres, mas nunca falamos mal, porque aqui, as pessoas são muito tradicionais. Homens e mulheres não são autorizados a se freqüentar antes do casamento. Então, deixamos rolar nossa imaginação", diz.



Mohammad foi fazer um show na Irlanda do Norte em março de 2005 e devia viajar à Finlândia neste mês, mas ele não pôde sair de Gaza por causa do bloqueio imposto pelo exército israelense.



Ele admite, porém, que a situação melhorou muito desde a retirada israelense de Gaza, há um ano.



Morando na casa dos pais, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, ele tinha muitas dificuldades para ir até a cidade de Gaza, onde está o estúdio, devido aos postos de controle militares.



Fazer sucesso em Gaza cantando rap não é nada fácil, alerta também Mohammad.



"No início, as pessoas pensavam que nós queríamos parecer com americanos, principalmente por causa das nossas roupas. Além disso, eles estão acostumados a ouvir música tradicional. Mas depois de nossos primeiros shows em Gaza, eles adoraram", revela.



Obviamente, seus discos não se encontram muito fora das ruas de Gaza. "Não sei como divulgar minhas músicas no exterior", admite. Então, Mohammad utiliza a rede. Com seus amigos, ele criou uma página internet dedicada aos "rappers" palestinos (www.myspace.com/palrapperz), na qual pode-se ouvir algumas de suas músicas e ler as letras traduzidas em inglês.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Após 9 meses, astronautas “presos” no espaço estão a caminho da Terra

Play

Vídeo: Mulher morre após cair de escada no dia do próprio aniversário

Play

Praias ficam cobertas de neve durante inverno nos EUA; assista

Play

Avião capota durante o pouso e deixa pelo menos 8 feridos

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA