MUNDO
Juíza absolve dois homens considerados culpados pelo assassinato de Malcolm X
Uma juiza de Nova York determinou nesta quinta-feira, 18, que as condenações de dois homens considerados culpados pelo assassinato do ativista pelos direitos civis Malcolm X em 1965 sejam anuladas. Chamando a acusação do assassinato de alto perfil de "erro judiciário", a juíza Ellen Biben concedeu as absolvições de Muhammad A. Aziz e Khalil Islam.
A moção para anular as condenações foi apresentada conjuntamente por suas equipes de defesa e pelo promotor público Cyrus Vance, que se desculpou em nome da comunidade policial por uma "injustiça de décadas".
A investigação, conduzida em conjunto pelo gabinete do procurador do distrito de Manhattan, o Projeto Inocência e o escritório de David Shanies, um advogado de direitos civis, durou 22 meses. A partir dela, descobriu-se que promotores, junto com o FBI e o Departamento de Polícia de Nova York, ocultaram as principais evidências que poderiam ter levado à absolvição dos homens, ambos condenados com base em depoimentos conflitantes e sem nenhuma evidência física.
Conhecidos como Norman 3X Butler e Thomas 15X Johnson, eles passaram décadas na prisão pelo assassinato, ocorrido em 21 de fevereiro de 1965. Três homens abriram fogo dentro de um salão lotado em Manhattan quando Malcolm X começava a discursar. Aziz, de 83 anos, que saiu da prisão em 1985, estava no tribunal nesta quinta-feira. Já Islam foi solto em 1987 e morreu em 2009, aos 74 anos.
Al Hajj Malik Al-Shabazz, o Malcolm X, foi um dos mais importantes militantes defensores do Nacionalismo Negro nos Estados Unidos. Ele fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, que visava a separação das raças, a independência econômica e um Estado autônomo para os negros.
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