MUNDO
Justin Trudeau afirma que maconha será legalizada em outubro
Por Luiz Serpa | A TARDE SP

A maconha será completamente legal no Canadá no próximo dia 17 de outubro, de acordo com informação do primeiro-ministro do país, Justin Trudeau. O anúncio vem com a expectativa de que a mudança ajuda a reduzir drasticamente os lucros obtidos pelo crime organizado.
Falando a repórteres pela primeira vez desde que o Senado do país aprovou a votação que tornará o Canadá o primeiro país do G7 a legalizar a maconha, Trudeau afirmou que as mudanças na legislação se tornaram necessárias.
“Obviamente, a postura atual - a proibição da maconha - não funcionou para proteger os nossos jovens, manter o dinheiro longe dos bolsos do crime organizado, por isso, estamos trazendo uma nova legislação para o assunto maconha”.
O governo liberal de Trudeau introduziu a nova legislação no ano passado, com o objetivo de tornar o Canadá o segundo país do mundo a legalizar a maconha, depois do Uruguai. O uso medicinal da maconha já é permitido no país.
Trudeau afirma que o fim do período de 95 anos de proibição da maconha deve começar a cortar imediatamente o lucro aproximado de US$ 4,5 bilhões do mercado negro. “E nos próximos anos e meses, nós iremos substituir o mercado negro completamente nesse assunto”, afirmou o primeiro-ministro.
Inicialmente, o governo esperava lançar a venda oficial da maconha em julho, mas a reação dos comerciantes trouxe mudanças para os prazos. “Uma das coisas que ouvimos claramente das províncias é que eles precisam de um certo período de tempo para estruturas as lojas e vendas online”, afirmou Trudeau.
Nova legislação
Quando a legalização estiver liberada, os canadenses poderão cultivar até quatro pés de maconha em suas casas e portar até 30g para uso pessoal. Aqueles que forem flagrados com quantidades maiores, ou fornecendo maconha para menores, sofrerão penalizações duras.
Algumas perguntas permanecem sem respostas, como a forma que a polícia irá testar motoristas suspeitos de dirigir sob a influência da substância, como as províncias irão banir o cultivo em residências e como a nova legislação irá interagir com as cerca de 400 mil pessoas que cruzam a fronteira entre Estados Unidos e Canadá diariamente.
O governo também enfrenta questionamentos sobre as centenas de milhares de cidadãos que foram considerados culpados antes da nova legislação. Durante a conversa com repórteres, Trudeau afirmou que seria incorreto considerar o tema antes da nova legislação se tornar válida.
“Nós afirmamos que os próximos passos serão tomados assim que a nova lei estiver em vigor. Até lá, a atual legislação segue vigente e efetiva”.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes