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Morre estudante que atirou em escola na Finlândia

Por Agencia Estado

07/11/2007 - 19:26 h

O estudante finlandês Pekka-Eric Auvinen, que abriu fogo contra uma escola em Tuusula, a 50 quilômetros da capital Helsinque, morreu cerca de três horas depois de ser levado a um hospital da região. Ele havia tentado suicídio após atirar contra alunos e contra a diretora da instituição. Auvinen havia anunciado o atentado em um vídeo, intitulado Jokela High School Massacre ("O Massacre do Colégio Jokela"), colocado horas antes no site YouTube. "Ele era um garoto comum de uma família comum", afirmou Matti Tohkanen, chefe da polícia local, que confirmou a existência das imagens na internet.

Nos últimos meses, Auvinen postou cerca de 80 vídeos, mas o último, de um minuto e 17 segundos, misturava uma foto da escola e outras duas de um garoto segurando uma pistola. A trilha sonora era a música Stray Bullet, da banda alemã de rock industrial KMFDM. Músicas da mesma banda foram colocadas na internet por Eric Harris, um dos garotos que atiraram contra a escola norte-americana Columbine, em 1999. No perfil do usuário dos vídeos postados por Auvinen havia frases como "já tive o bastante", "estou disposto a morrer pela minha causa" e "não quero fazer parte desta sociedade". Todos os vídeos postados foram retirados do ar logo após o atentado.

A tragédia chocou a Finlândia, um país que tem um dos menores índices de morte por armas de fogo do mundo. Nos últimos dez anos, houve apenas quatro esfaqueamentos em escolas, nenhum com vítimas. A última tragédia nacional havia acontecido em 2002, quando um jovem se suicidou ao explodir uma bomba em um shopping de Helsinque, matando outras seis pessoas.

Depressão

Apesar das semelhanças com outros massacres, como o de Columbine, em 1999, de Erfurt, na Alemanha, em 2002, e de Virginia Tech, nos Estados Unidos, em abril, a tragédia de hoje tem alguns componentes locais. O inverno nórdico isola completamente os jovens finlandeses uns dos outros. A maioria vive em pequenas cidades, distantes umas das outras, e gastam boa parte do tempo no caminho para a escola. A depressão clínica é comum e a taxa de suicídio é alta.

Às vésperas do inverno, os estudantes quase não vêem a luz do dia. Entram e saem da escola na escola na escuridão da noite. Freqüentar a casa dos amigos de colégio é um luxo reservado para o verão. Assim, a amizade torna-se virtual. A internet, principalmente o site YouTube, é o substituto da televisão, hábito reservado para as pessoas mais velhas. Cerca de 75% dos finlandeses usam a internet.

Celulares

O país, sede da Nokia, uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, tem uma das tarifas de telefone mais baratas da Europa. "Na Finlândia, crianças de seis anos já freqüentam a escola com o seu telefone celular. Isso mostra como o mundo virtual tornou-se, entre os finlandeses, um substituto do contato humano", disse o psicólogo Sven Christianson, professor da Universidade de Estocolmo, na Suécia.

De acordo com Christianson, a tragédia de hoje é uma receita explosiva: um garoto, que já vivia em um ambiente inóspito, que foi isolado ainda mais pelos colegas de escola. O psicólogo lembrou ainda que, apesar de o número de homicídios por armas de fogo na Finlândia ser muito baixo, o país tem uma das populações mais armadas do mundo.

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