MUNDO
OEA não vai tolerar quebra da ordem constitucional na Bolívia
Tanque tentou derrubar uma porta metálica do palácio presidencial
Por AFP
A Organização dos Estados Americanos (OEA) "não tolerará qualquer forma de violação da ordem constitucional" na Bolívia, declarou nesta quarta-feira (26) o secretário-geral da entidade, Luis Almagro, ao condenar as mobilizações irregulares do Exército boliviano diante da sede do governo em La Paz.
"Expressamos nossa solidariedade ao presidente Luis Arce Catacora. A secretaria-geral da OEA não tolerará qualquer forma de quebra da ordem constitucional legítima na Bolívia, nem em qualquer outro lugar", disse Almagro em Assunção, onde ocorre até sexta-feira a assembleia geral da organização.
Tanques e tropas ocuparam a Praça Murillo, no centro da capital boliviana, onde está localizada a sede presidencial. Um tanque tentou derrubar uma porta metálica do palácio presidencial, e posteriormente o general Juan José Zúñiga, comandante do Exército, entrou no edifício.
"Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada", escreveu o presidente Luis Arce em sua conta na rede social X.
Estes eventos coincidem com o início nesta quarta-feira da assembleia geral da OEA, que reunirá até sexta em Assunção 23 ministros das Relações Exteriores da região, focados em encontrar posições consensuais sobre a defesa da democracia, entre outros pontos.
O representante da Bolívia, Héctor Arce Zaconeta, denunciou o "ato ostensivamente violento" ocorrido em seu país e solicitou aos demais membros que redijam uma resolução a respeito.
"Propomos e conversamos com as delegações do México e do Chile, que amanhã na assembleia geral que vamos inaugurar, independentemente da situação final (...) aprovemos uma resolução muito firme condenando este tipo de incidentes", disse Arce Zaconeta.
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