BOMBARDEIOS
Pacientes e equipe do Médicos Sem Fronteiras em Gaza pedem cessar-fogo
Equipe pede fim dos ataques contra hospitais e proteção de instalações médicas
Por Da Redação
Nas últimas 24 horas, os hospitais em Gaza têm estado sob bombardeios implacáveis. O complexo hospitalar de Al Shifa, a maior unidade de saúde onde a equipe do Médicos Sem Fronteiras (MSF) ainda trabalha, foi atingido diversas vezes, inclusive nos departamentos de maternidade e ambulatório, resultando em múltiplas mortes e feridos.
As hostilidades em torno do hospital não pararam. Equipes de MSF e centenas de pacientes ainda estão dentro do hospital Al Shifa. MSF reitera urgentemente o seu apelo ao fim dos ataques contra hospitais, a um cessar-fogo imediato e à proteção das instalações médicas, do pessoal médico e dos pacientes.
O hospital Al Shifa é o principal complexo hospitalar da Faixa de Gaza, com 700 leitos, que presta atendimento emergencial e cirúrgico. Atualmente, não há outras instalações na Faixa capazes de admitir e tratar tantos pacientes com lesões complexas, por vezes fatais. Apesar dos ataques regulares e da escassez, a equipe conseguiu manter o hospital operacional.
Nesta sexta, 10 o hospital Al Shifa ficou sem energia elétrica. As ambulâncias não podem mais se mover para recolher os feridos, e o bombardeio ininterrupto impede a evacuação de pacientes e profissionais. No momento em que este artigo foi escrito, nossa equipe estava testemunhando pessoas sendo baleadas enquanto tentavam fugir do hospital.
MSF denuncia a sentença de morte de civis atualmente presos no hospital Al Shifa, assinada pelos militares israelenses. Um cessar-fogo urgente e incondicional tem sido pedido para todas as partes em conflito, bem como a ajuda humanitária a ser fornecida a toda a Faixa de Gaza.
A equipe do MSF perdeu contato com um cirurgião que trabalha e se abriga no hospital Al-Quds com sua família. Outras instalações de saúde, incluindo o hospital Al Rantisi, que MSF também apoiou no passado, teriam sido cercadas por tanques israelenses.
Instamos os EUA, o Reino Unido, o Canadá, os Estados-membros da Liga dos Estados Árabes, os Estados-membros da Organização de Cooperação Islâmica e a União Europeia, que repetidamente apelaram ao respeito do Direito Internacional Humanitário (DIH), a tomarem medidas para garantir um cessar-fogo agora.
Milhares de pessoas ficaram feridas desde 7 de outubro, muitas das quais estão em estado crítico e necessitarão de cirurgias complexas e tratamento prolongado durante semanas, senão meses.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes