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Papa Francisco pede reforma da ONU em novo livro

"Necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente após a pandemia", disse o Papa Francisco

Publicado domingo, 16 de outubro de 2022 às 16:31 h | Atualizado em 16/10/2022, 16:50 | Autor: AFP
"Com a distribuição de vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais que a solidariedade", opinou o Papa Francisco
"Com a distribuição de vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais que a solidariedade", opinou o Papa Francisco -

O Papa Francisco defendeu uma reforma das Nações Unidas, que "demonstrou seus limites" diante da pandemia e da guerra na Ucrânia, segundo trechos de um novo livro do pontífice, publicados pelo jornal italiano La Stampa neste domingo, 16.

Intitulado “Peço-vos em nome de Deus. Dez orações para um futuro de esperança”, o livro será publicado na próxima terça-feira, 18, na Itália.

“Quando falamos de paz e segurança em nível mundial, a primeira organização em que pensamos é a ONU e, em particular, seu Conselho de Segurança”, afirma o argentino em seu novo livro.

"A guerra na Ucrânia destacou mais uma vez a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ágeis e eficazes de resolver conflitos", avalia Francisco.

“Em tempos de guerra, é fundamental afirmar que precisamos de mais multilateralismo, e um multilateralismo melhor”, acrescenta o Papa.

"O mundo de hoje não é mais o mesmo de logo após a Segunda Guerra Mundial, e as instituições internacionais devem ser fruto do maior consenso possível", argumenta.

"A necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente após a pandemia, quando o atual sistema multilateral demonstrou todos os seus limites. Com a distribuição de vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais que a solidariedade", lamenta Francisco.

Por isso, Francisco pede "reformas orgânicas, para que as organizações internacionais recuperem sua vocação primordial de servir a família humana".

O Sumo Pontífice também se apresentou como defensor da “segurança integral”, que consiste em garantir todos os direitos (econômicos, sociais, alimentares, de saúde), e que deve ser a bússola que norteia as decisões das instituições internacionais.

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