MUNDO
Polícia britânica indetificou assassino de ex-espião russo (imprensa)
Por Agência AFP
A polícia britânica conseguiu identificar o homem que envenenou o ex-espião russo Alexander Litvinenko, informa a edição deste sábado do jornal The Times.
A polícia chegou ao homem misterioso, que foi apresentado a Litvinenko como "Vladislav", após investigar os detalhes relatados pelo ex-agente no leito de morte.
"A polícia identificou o suspeito de ter envenenado Alexander Litvinenko. O suposto assassino, que não é mencionado, foi filmado por câmeras no aeroporto de Heathrow no momento em que chegava à Grã-Bretanha para cometer o assassinato", destaca o The Times.
Contactada pela AFP, a polícia britânica não comentou a informação.
Segundo o jornal, as imagens foram feitas no dia 1º de novembro de 2006, data em que Litvinenko começou a passar mal, quando o suspeito chegou à capital britânica procedente de Hamburgo, Alemanha.
O suposto assassino teria viajado no mesmo vôo de Dimitri Kovtun, um dos empresários com os quais Litvinenko se reuniu no dia 1º de novembre.
O jornal acrescenta que trata-se de um homem com idade por volta dos 30 anos, de boa estatura, com cabelo negro curto e características físicas da Ásia central.
O assassino viajou para Londres com um passaporte falso da União Européia (UE) e colocou a substância radioativa polônio 210 no chá de Litvinenko no quarto andar do hotel Millennium de Londres, de acordo com Oleg Gordievsky, um amigo do ex-espião e desertor da KGB que atualmente reside em Surrey (sudeste da Inglaterra), que trabalhou estreitamente com os detetives que investigam o caso.
A morte de Litvinenko em Londres no dia 23 de novembro de 2006, em forte agonia após ter recebido uma forte dose de polônio, provocou muitas especulações da imprensa e abalou a relação entre o Reino Unido e a Rússia.
"Este homem deve ter usado um passaporte lituano ou eslovaco", disse Gordievsky, ex-agente da KGB, ao The Times.
"Ele não se apresentou em nenhum hotel de Londres usando o nome ou este passaporte, e deixou o país usando outro passaporte da UE", acrescentou.
"Vladislav" também disse ao ex-espião que poderia ajudá-lo com um contato lucrativo com uma empresa de segurança moscovita.
"Litvinenko pensava que a água do chá estava apenas morna e que quando se acrescentou o polônio 210, a bebida esquentou por causa das radiações", disse Gordievski, segundo o qual com uma bebida fria Litvinenko teria percebido o problema.
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