REAÇÃO IMEDIATA
Possível vitória da extrema-direita provoca protestos em Paris
Primeiros resultados de pesquisas mostram partido do presidente em desvantagem nas eleições parlamentares
Por Da Redação

Assim que os primeiros resultados da boca de urna indicaram vitória da extrema-direita no 1° turno das eleições para o parlamento francês, uma multidão tomou as ruas de Paris em protesto.
Segundo uma sondagem feita pelos institutos Ifop, Ipsos, OpinionWay e Elable e pela Rádio França, o partido Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu na frente neste primeiro turno, com 34% dos votos.
O bloco formado por siglas da esquerda aparece em segundo lugar, com 28,1%, e a coalizão de centro liderada pelo partido do presidente francês, Emmanuel Macron, em terceiro, com 20% dos votos.
As eleições foram convocadas há três semanas pelo presidente francês, que decidiu antecipar o pleito após a derrota de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu.
O comparecimento às urnas até as 17h no horário local (meio-dia no Brasil), foi o mais alto em quase 40 anos no país, com um índice de 59% do total de votantes. Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento.
A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente - este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.
Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de "coabitação", o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu e que pode paralisar o governo de Macron.
Entre as funções do Primeiro-Ministro está a de propor quem serão os ministros. O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é o Jordan Bardella, de apenas 28 anos, o principal nome do partido de extrema direita de Le Pen, o Reunião Nacional (RN).
Os franceses voltarão às urnas no próximo dia 7 de julho. Participam do 2° turno todos os partidos com mais de 12,5% dos votos no 1° turno.
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