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Rússia e Geórgia disputam controle da capital da Ossétia do Sul

Por Reuters

08/08/2008 - 19:24 h | Atualizada em 09/08/2008 - 0:19

Megvrekisi - A Geórgia disse na sexta-feira, 8, que suas forças controlam a capital da região separatista da Ossétia do Sul, mas rebeldes afirmam que blindados russos já estão na periferia norte da cidade.

"(A capital) Tskhinvali e os morros em torno de Tskhinvali e a maioria das aldeias na Ossétia do Sul estão sob controle das forças georgianas", disse o presidente do país, Mikheil Saakashvili, em pronunciamento pela TV.

Mas, na sexta-feira, o site oficial dos separatistas, cominf.org, disse que "veículos blindados russos entraram nos subúrbios ao norte de Tskhinvali" e que as tropas georgianas estariam recuando.

Moscou disse que suas tropas estão reagindo a um ataque para reconquistar a região separatista, e Saakashvili disse que os dois países estão em guerra.

"O que a Rússia está fazendo na Geórgia é uma agressão aberta e não-escondida, e um desafio a todo o mundo. Se o mundo todo não contiver a Rússia hoje, os tanques russos poderão chegar a qualquer outra capital européia."

A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, pediu em nota à Rússia que retire as tropas e suspenda os bombardeios aéreos, de modo a "respeitar a integridade territorial da Geórgia".

Em Pequim, o presidente George W. Bush prometeu apoio dos EUA à integridade territorial georgiana e reiterou o pedido por um cessar-fogo imediato.

O presidente da Ossétia do Sul, Eduard Kokoity, disse à agência russa de notícias Interfax que cerca de 1.400 pessoas podem ter morrido por causa da "agressão georgiana".

"Vamos checar essas cifras, mas os números são dessa ordem. Temos isso com base em relatos de parentes", afirmou.

Kakha Lomaia, presidente do Conselho de Segurança da Geórgia, disse que seu país vai retirar 1.000 soldados do Iraque para reforçar o combate aos russos na Ossétia do Sul.

O ministério russo dos Transportes informou que a partir de 0h (hora local) todos os vôos para a ex-república soviética vizinha estariam suspensos.

Ações de empresas russas despencaram na sexta-feira devido à situação, e a Bolsa de Moscou chegou a seu menor nível em 14 meses, com uma queda de mais de 4 por cento. A agência Fitch na sexta-feira rebaixou a nota da dívida russa de "BB-" para "B+".

EUA, União Européia e OCDE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) anunciaram o envio de representantes diplomáticos à região.

O Kremlin disse que o presidente Dmitry Medvedev conversou com a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e lhe disse que "a única saída possível é a retirada das tropas georgianas para as posições iniciais".

O governo georgiano disse que os aviões russos bombardearam um quartel nos arredores de Tbilisi, a capital, matando três soldados.

Aposta no Ocidente - Analistas dizem que a tentativa georgiana de retomar à força o controle da Ossétia do Sul parte do princípio de que o país poderá contar com o apoio do Ocidente num conflito com a Rússia.

"(Saakashvili) corre sério perigo de perder o capital que acumulou sendo pró-ocidental e pela moderação que sempre demonstrou diante das provocações da Rússia", disse James Nixey, do Real Instituto de Assuntos Internacionais, de Londres.

O presidente georgiano, que quer inserir seu pequeno país caucasiano na Otan, tem como prioridade recuperar a Ossétia do Sul e a Abkházia, outra região rebelde à beira do mar Negro. A Ossétia do Sul está praticamente independente da Geórgia desde a guerra de 1991-92.

Em meio aos combates, o ruído de caças e bombas era ouvido a mais de três quilômetros de Tskhinvali, onde muitas casas estão em chamas.

A TV georgiana mostrou chácaras incendiadas e estradas bombardeadas. Soldados acionavam metralhadoras e blindados percorriam as ruas da pequena capital ossétia. Perfurações de bala vão se acumulando nos prédios, e uma nuvem de fumaça cobre a cidade.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, acusou os georgianos de expulsarem as pessoas de suas casas. "Estamos recebendo relatos de que uma política de limpeza étnica está sendo conduzida nas aldeias da Ossétia do Sul, o número de refugiados está subindo, o pânico está crescendo, as pessoas estão tentando salvar suas vidas", disse ele pela TV.

A Interfax disse que cerca de 140 ônibus com refugiados chegaram à vizinha Ossétia do Norte, que pertence à Rússia.

Esta é a primeira crise do governo Medvedev, que tomou posse em maio. A Rússia e o Ocidente competem por influência na região do sul do Cáucaso, importante rota de trânsito para combustíveis.

A maioria dos quase 70 mil habitantes da Ossétia do Sul é etnicamente distinta dos georgianos. Eles dizem que a área foi incorporada à força à Geórgia durante o regime soviético, e que agora deveria ter direito à autonomia.

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