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Senador é investigado por beneficiar Tecon Salvador em projeto de R$ 131 milhões

Por Da Redação

25/08/2020 - 14:52 h | Atualizada em 25/08/2020 - 15:28
Líder do governo no Senado, Bezerra pode ter beneficiado o grupo Wilson Sons
Líder do governo no Senado, Bezerra pode ter beneficiado o grupo Wilson Sons -

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, é investigado por ter beneficiado o grupo Wilson Sons em um projeto de R$ 131 milhões do Porto de Salvador. O grupo é o fundador da Tecon Salvador, responsável por administrar o porto da capital baiana.

A informação se baseia em um relatório emitido pela Polícia Federal (PF) obtido pelo jornal O Globo. O documento indica que o senador levou o empresário Marcos Vinícius Borin, da Constremac Construções, para participar de duas reuniões com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Marcos Vinicius é investigado pela PF, sob suspeita de ter feito o pagamento de R$ 2 milhões em propina ao senador.

De acordo com informações do jornal, a delegada Andréa Pinho Albuquerque da Cunha realizou, em julho passado, um despacho no qual diz que Bezerra usava a influência em favor do empresário, que é investigado no “alto escalão do governo federal”,com o objetivo de “conseguir audiência com outros políticos de alto escalão do governo federal visando satisfazer interesse daquele (Borin)”.

As investigações apontam que e-mails e mensagens foram trocados pelo gabinete de Bezerra. Neles ficam evidentes a relação com o empresário. Um registro do dia 27 de junho de 2019 mostra que um funcionário do gabinete de Bezerra enviou e-mail ao Ministério da Infraestrutura (Minfra), solicitando a reunião.

“Senador Fernando Bezerra Coelho (líder do governo no Senado) pede audiência com ministro de Estado da Infraestrutura, Sr. Tarcísio Gomes Freitas, para o dia 01/07”, mostrava a mensagem.

Neste mesmo dia, Borin mandou uma mensagem para outra funcionária do gabinete questionando sobre a reunião. “Há um pedido de agenda urgente com o Ministro de Infra. Acho que é vc que tá vendo neh? Qquer coisa me avise. Bjs. Obrigado por tudo”, pontuou na ocasião.

Em resposta, a funcionária afirmou que a reunião teria sido marcada e, na tarde do dia marcado, o gabinete de Bezerra enviou outro e-mail ao ministério com a informação que ele iria à reunião na companhia de Borin e mais dois empresários do grupo Wilson Sons, dono de um estaleiro construído pela Constremac e contrata a empreiteira para a execuçao de obras e serviços.

No dia seguinte, o Fundo da Marinha Mercante, subordinado ao Ministério da Infraestrutura publicou uma resolução com projetos prioritários para receber apoio financeiro e incluiu um projeto de R$ 131 milhões da Wilson Sons, no terminal de contêineres de Salvadir (Tecon Salvador).

Após isso, Bezerra levou Borin para mais uma reunião com Tarcísio de Freitas no dia 14 de agosto de 2019. De acordo com a delegada, “o relacionamento criminoso de Marcos Vinícius Borin e Fernando Bezerra de Souza Coelho permanece até os dias de hoje”.

A PF não viu indícios de crime no ministro da Infraestrutura. “Por óbvio, não se está a afirmar que houve alguma tentativa ilícita em tal encontro, mas sim que o senador Fernando Bezerra continua a utilizar a influência política em prol de Marcos Borin, que, de acordo como consta dos autos, fez o pagamento de vantagem indevida ao parlamentar”, aponta o relatório obtido pelo jornal.

Ainda de acordo com a publicação, Borin teria assumido obras do Ministério da Integração Nacional época na qual Bezerra estava à frente da pasta, entre 2011 e 2013, e teria feito o pagamento da propina ao ministro em troca dos contratos que tinha com o governo.

Em delação premiada, o operador financeiro João Carlos Lyra afirmou ter recebido, em 2013, em média R$ 2 milhões da empresa de Borin. O dinheiro seria enviado ao Bezerra.

Procurado pelo O Globo, o Ministério da Infraestrutura disse que o primeiro encontro foi realizado para discutir "Obras em Petrolina e o terminal portuário Wilson Sons, em Salvador". O segundo foi sobre duas rodovias federais.

O ministério ressalta que ainda não tem contratos com a Constremac e que não discute “sob nenhuma hipótese qualquer possibilidade de prioridade a entes privados, bem como demandas que não estejam em acordo com os princípios da lisura e legalidade”.

Eles dizem também que os processos precisam chegar, pelo menos, 60 dias antes da reunião do conselho diretor para que possam ser avaliados e, talvez, aprovados pelo Fundo da Marinha Mercante. Sendo assim, a reunião não teria relação com a aprovação publicada no dia seguinte.

A defesa do senador Bezerra, que nega ter recebido propina, afirma que “os assuntos tratados não possuem conteúdo ilícito ou relação com os fatos investigados”. A defesa de Borin diz que ele foi na reunião para discutir uma obra privada em um porto da Bahia e diz que a acusação de um pagamento de propina não tem respaldo na investigação.

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