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EDITORIAL

A Casa Branca é legal

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

08/09/2024 - 0:00 h
Escritura foi entregue para a ialorixá Mãe Neuza de Xangô
Escritura foi entregue para a ialorixá Mãe Neuza de Xangô -

Somente agora, dois séculos depois de fundado o Terreiro Casa Branca, no Engenho Velho da Federação, um dos endereços mais importantes do candomblé em alcance nacional, recebeu do poder público o título de propriedade a fim de regularizar a situação fundiária e proteger o espaço, defendido pelos orixás, destacando-se Xangô, simbolizando a justiça praticada com a conquista do demorado documento.

A ialorixá Mãe Neuza recebeu dos gestores municipais o almejado título, obtendo desta forma institucional e jurídica a garantia de serem os adeptos da religião os donos do território, uma razão suficientemente forte para deter tentativas de invasões e construções irregulares na área destinada ao culto dos encantados, como resultado da fusão de culturas entre Bahia e África desde a era da escravidão explícita.

A alegria é maior porque além de obter o carimbo e os jamegões das autoridades responsáveis, o espaço sagrado vai passar por ampla reforma em ação meticulosamente planejada pelas equipes de servidores da Fundação Mário Leal Ferreira e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, acrescentando-se a execução de um projeto de memorial para tirar da invisibilidade histórica as lideranças do admirável templo.

Para coroar de êxito o venturoso trabalho, o equipamento cultural será erguido no mesmo local onde um invasor ousou construir um imóvel bem ao lado da área dedicada aos ancestrais, no momento em fase de demolição de seus cinco andares, em contexto irregular, com previsão de concluir-se a ação das máquinas até o início do mês de outubro, encerrando o enredo com final feliz para o povo preto.

A invasão ofendeu não apenas aos filiados à Casa Branca, mas a todos os terreiros, devido ao poder simbólico do barracão mais longevo de matriz africana do Brasil, tendo sido fundado por volta de 1830, nas proximidades da Igreja da Barroquinha, com o nome de Ilê Axé Iyá Nassô Oká, graças a iniciativa de mulheres de origem nagô, semeando com esta iniciativa a criação de dezenas de outros terreiros.

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