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OPINIÃO

A escola da Barra

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

05/02/2025 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem A escola da Barra
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Pode-se denotar “aparente” o suposto conflito de interesses entre banhistas dispostos a prover o quanto queiram da desejada faixa de areia do Porto da Barra; e o grupo de mercadores de cadeiras e sombreiros, ao servirem frequentadores da litorânea joia capaz de rebrilhar em vislumbre internacional.

A aula prática de ética, ao ar livre e à beira-mar, presta-se ao desenvolvimento civilizatório quando se verifica, à luz da razoabilidade, a fragilidade de permanência da “polemos” – olhares divergentes em ambiente compartilhado.

A descrição de tal “polêmica”, substantivo derivado do antagonismo enganoso, revela complementariedade entre os dois grandes “times”, pois as pessoas precisam dos “barraqueiros” e estes lutam pela vida; uns e outros estão juntos pois são todos “cum panis”: aqueles que dividem o pão.

A virtude do equilíbrio vem no contrafluxo da discórdia, doando sentido de ensino-aprendizagem não-formal, ao suprir lacuna dos projetos pedagógicos distanciados do cotidiano.

Assim, emerge a chance do entendimento, ao reativar pressuposto dos primeiros polímatas: o caminho do meio, rejeitando excessos e carências, revela a inclinação humana para a felicidade.

Provérbio adaptado de Estagira, na idosa Macedônia, “nem tanto à praia, nem tanto ao mar”, clareia factível solução quando se tem gestores municipais como mediadores inteligentes, banindo o mau jeito dos implacáveis 30 tiranos.

Ora, ocupar previamente toda a majestosa área onde a cidade nasceu – ali estão o marco de fundação e o azulejo em seu louvor – não é bom negócio, pois além da sensação de desmesura, afasta mais que acolhe a clientela. Tampouco se deve “quebrar a guia” de quem “batalha” honestamente.

Exercitar o raciocínio, levando em conta o senso de justiça – dar a cada qual aquilo que é seu: o método é simples assim, ao controlar altas temperaturas, carregando o benefício geral de incentivo à empatia – colocar-se no lugar do outro –, fundamento de toda comuna saudável, um dos predicados com os quais se diz Salvador.

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