EDITORIAL
A praga da fiação ilegal
Confira o editorial deste domingo
Por Da Redação

Pode-se associar a figura de analogia de uma praga, como a de gafanhotos, rãs ou moscas, à visão de uma Salvador engarguelada por fios e mais fios de internet e telefonia, engalfinhando-se para reduzir o charme e a beleza da quadricentenária metrópole.
O avanço das novas e cobiçadas tecnologias tem estabelecido um gráfico de vetor inverso, devido aos riscos de quem deliberada e clandestinamente as utiliza, por dificuldade de acesso, pelo preço; inclinação para a ilicitude; ou ambos os fatores.
A hipótese de crescente prática viciosa do oportunismo é amparada na multiplicação dos trambolhos, alcançando a casa da tonelada diária de remoção de cabos irregulares, além de caixas de telefonia e internet que não seguem os padrões técnicos de segurança necessários.
Ora, sabendo-se ser a manutenção das geringonças uma responsabilidade das operadoras, na condição de proprietárias, os soteropolitanos agradecem o empenho a fim de evitar o crime e a agressão à sensibilidade.
A primeira capital, superdotada de belezas desde as praias às ladeiras, não pode ser condenada à desarmonia de postes enredados por gambiarras em desleixo gerador de baixa estima nos logradouros atacados pelos improvisos.
Não apenas por reforçar na cidadania o dever e a satisfação de agir conforme imperativos visando espalhar o bem geral, a atuação diuturna precisa de fiscalização ampla e permanente, além de suporte comunicacional de campanhas massivas objetivando a correção dos infratores.
A equação resulta em aporia (problema sem solução) se não forem pensadas ideias distintas e factíveis para inibir a prática. As pessoas, mesmo as de saldo modesto, querem assistir canais abertos e fechados, falar ao celular e surfar nas boas ondas da web, mas é preciso agir dentro das regras, garantindo a inclusão, mas com redução de danos.
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