EDITORIAL
Artifício da fraude
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta sexta-feira, 22
Por Editorial
O recurso de informática chamado “inteligência artificial” vem impulsionando a criminalidade nos meios digitais, graças à criação de conteúdos fraudulentos por parte de golpistas dedicados a ampliar conhecimentos a fim de fazer o mal.
Personalidades de perfis muito divulgados devido à fama em suas áreas de atuação vêm tendo imagem e voz “furtadas”, em cópias de aparência convincente, mediante a desfaçatez e o descaro dos sagazes sequestradores.
Os vídeos falsos exigem preparo dos peritos criminais em seara novel, na qual se requer capacitação da polícia técnica no sentido de produzir provas, além da possibilidade de escaparem os meliantes pelas brechas da lei.
Não bastasse o enrosco, via contraste entre o avanço da tecnologia e o recuo da ética, as empresas envolvidas no acolhimento das arapucas agem com lentidão quelônia, em vagar diretamente proporcional ao sucesso dos “likes”.
O cenário de intrigas e antagonismos pode parecer ficcional, tal o meandro de incompletudes, no entanto, ganha contornos de nova “pandemia” de internet, produzindo doença mundial da mentira, em vez do bom uso da web.
Casos nocivos gerados pela ciber-bandidagem já foram registrados com as figuras do jornalista William Bonner e do médico Dráuzio Varella, entre outras e outros involuntariamente convocados para protagonizar anúncios inverídicos.
O ímpeto e o impulso das massas ingênuas para o convívio em rede pavimentam esta rodagem maligna, multiplicando ilusões ao tirarem os marginais proveito da confiabilidade gerada pelas pessoas públicas expostas.
A participação não-autorizada da ideia de êxito de determinado produto ou serviço rivaliza com a divulgação enviesada de ideologias, partidos ou políticos, em um acinte inaceitável pelo grau ululante de ataque frontal à sociedade.
Fica o enigma a ser decifrado em mutirão emergencial de poderes públicos, pesquisadores e autoridades policiais: ou deciframos como agem e quem são os terroristas ou seremos todos devorados pela artificialidade “inteligente”.
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