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EDITORIAL

As lições do pelourinho

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

03/12/2024 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem As lições do pelourinho
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A passagem dos 40 anos de “tombamento” do Centro Histórico de Salvador, hoje, serve como mote para reativarem as autoridades e a cidadania engajada os projetos de acolhimento dos povos das ruas daquela região da capital baiana, socialmente talvez a mais relevante delas, por revelar a conquista da liberdade.

É o dia de relembrar por que se costuma chamar de “Pelourinho”, além-largo, toda aquela, acima de tudo, belíssima e bem preservada fração de uma Salvador incansável, na luta pelos princípios humanitários, razão pela qual se compreende a dimensão de manter o nome como lembrança do instrumento de castigo utilizado até dois anos antes da suposta abolição.

Até 1886, pessoas pretas ainda eram martirizadas em praça pública com o instrumento mais temido, para o qual havia ofício de especialistas, com o vício de fazer sangrar, substituindo-se os chicotes quando já não rasgavam a pele torturada enquanto gemiam as vítimas do horror, sob uma assistência ora indignada ora satisfeita pelo apoio de uma parte ao açoite.

Não poderia ter sido mais feliz o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Inaldo Paixão, ao levar para uma palestra no auditório da instituição, ninguém menos que o senhor vestido em seu indefectível traje branco, personificando toda a trajetória de luta e superação, o “homem-pelô”, respeitado até pelos herdeiros de escravocratas, o Grande Clarindo Silva.

A iniciativa, noticiada em A TARDE, produz a sensação do encontro de temporalidades, iluminando um passado de trevas, ao projetar um futuro de melhores moradias, sociabilidades e empreendimentos para quem vive este momento de Pós-abolição, no qual os vestígios das chicotadas ainda ardem.

Objetivamente, as realidades efetivas instigam a consciência da angústia de ser livre, perpetuamente, numa área de alcance mundial, onde a negação dos direitos produziu a superação de um “nada” social, no mesmo pedaço de Bahia ao qual foi concedido, por justiça, o estatuto de grandioso patrimônio.

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