EDITORIAL
Assédio pede B.O.
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Por Editorial
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A ampliação das opções de contenção da violência doméstica, notadamente com a criação da Casa da Mulher Brasileira, pode evitar algum assombro adicional quando se observa aumento de 659% nas reclamações de assédio.
O levantamento corresponde aos cinco anos mais recentes, considerando os casos registrados na Bahia, de acordo com dados do Painel de Ouvidorias da Controladoria Geral da União, correspondendo ao período entre 2020 e 2024.
A escalada sinaliza o maior acesso das agredidas e violentadas a unidades do estado, como varas especializadas, no caso do Poder Judiciário, e delegacias apropriadas para acolher denúncias de agressão por causa de gênero.
Os tipos de assédio mais comuns são o sexual, quando se impõe a prática erótica mesmo sem a companheira aquiescer; e o moral, materializado em injúrias, ofensas e calúnias, depreciando-se também por questões corpóreas
Não se pode descartar a possibilidade de o contingente de denunciantes ficar próximo de uma demanda média, anteriormente subnotificada porque a estrutura voltada para a proteção feminina não tinha tantas opções como hoje.
O Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher é um destes órgãos especializados, ao responsabilizar-se por fazer cumprir as determinações do Poder Judiciário envolvendo as partes, incluindo a chamada “medida protetiva”.
Apesar da criação de unidades voltadas para a temática, o Estado precisa de ONGs, entre as quais as dedicadas à educação não-formal e capacitação a fim de profissionalizar a mão de obra feminina, trocando submissão por autonomia.
O feminídicio segue grassando no país, de motivos torpes, desde uma janta servida fria, até complexas tramas envolvendo ciúmes e ódio, tendo como incentivo a banalização do mal em narrativas e ações de desprezo pela vida.
Quem ficar sabendo de sofrimento provocado por ações de celerados, pode , denunciar à delegacia mais próxima, ligar para o 180, o 190 ou registre a ocorrência na Delegacia Virtual através do www.delegaciavirtual.sinesp.gov.br.
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