EDITORIAL
Aurora da Libertação
Nasce o sol ao Dois de Julho, Viva a Terra da Liberdade!
Por Da Redação

Nasce o Sol ao Dois de Julho, convidando a subirem ao carro da Cabocla e do Caboclo os vivos e os mortos, toda a ancestralidade e a atual gente da Bahia, em hipotética aglomeração: Viva a Terra da Liberdade! Sempre importante reafirmar os valores e conquistas proporcionados pelas vitórias em solo baiano, destacando a relevância do reconhecimento nacional sobre a data, a partir da sinalização dada pelo presidente Lula.
Conforme A TARDE noticiou com exclusividade, o presidente três vezes eleito no voto direto, secreto e eletrônico – recorde da democracia brasileira – sugere à bancada baiana no Congresso a articulação para ratificar nossa glória. Nada mais justo, pois foram as brigadas criadas pelo povo, inspiradas por coragem, amor e sabedoria, as responsáveis por correr daqui os verdugos de Lisboa, assassinos de Joana Angélica e ladrões de nossas tantas riquezas.
D. Pedro I pode ter gritado em 7 de setembro de 1822, em meio à crise de dor de barriga, no Riacho do Ypiranga, mas a libertação só veio no ano seguinte, tingida de grená, no sangue vertido pelas improvisadas guerrilhas populares. Não havia sequer ideia de Exército, quando escravizados, indígenas e pessoas simples do Sertão, a exemplo dos encourados, escreveram uma das mais belas páginas, beirando à dimensão mitológica a verdadeira proeza.
Alcança a Data Magna potência de cola fortemente tenaz, unindo outras lutas universais da atualidade, com a participação, no Desfile Popular, do grito dos excluídos, da marcha antiproibicionista e do comitê pela paz na Palestina.
A Aurora de hoje sugere, portanto, uma temporalidade afetiva e estendida, pois embora grandiosa, ao consolidar-se no lar de Maria Quitéria, a Independência não ficou no passado, pois atualiza-se todos os dias, diante de novos inimigos. Antes, éramos marotos da Coroa; hoje, são os falsos patriotas disfarçados de cordeiros: Lopes toca avançar a cada combate contra as desigualdades, o racismo, a misoginia e a mentira, a serem derrotados sem trégua para o bem da pátria.
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