OPINIÃO
Bicentenário da Terra da Liberdade
Secult lançou o Plano de Ações do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia
Por Bruno Monteiro*

O grito da independência, no dia 7 de setembro de 1822, não tornou o nosso país livre. Somente 10 meses depois, há exatos 200 anos, após batalha travada em solo baiano, que as últimas tropas portuguesas bateram em retirada. E o Brasil, finalmente, conquistou sua verdadeira independência. As lutas foram lideradas por mulheres, indígenas, caboclos e caboclas que, historicamente, foram alijados dos processos mais decisivos da história. Passados dois séculos, essa história não perdeu relação com a atualidade. Nossas lutas cotidianas seguem sendo travadas pelo povo, que não se curva diante de tiranias e despotismos.
Em 2023, o Governo do Estado apresenta uma série de políticas que reafirmam a Bahia como Terra da Liberdade. Ações que se iniciaram em janeiro, quando o governador Jerônimo Rodrigues celebrou os 200 anos da batalha ocorrida em Itaparica; se intensificam em junho e seguem até o final do ano com a valorização da memória e reafirmação do legado em diversas localidades.
Realizaremos a rota "Bahia: Memórias de Lutas e Liberdade”, em 16 municípios importantes para a conquista da independência. Festas e feiras literárias apoiadas pelo Governo do Estado terão como tema o bicentenário. O cortejo do 2 de julho, em Salvador, terá a participação de filarmônicas selecionadas a partir de edital e apresentações de diversas linguagens artísticas. Um seminário internacional sobre os processos de independência nas Américas será realizado, em parceria com universidades, promovendo uma qualificada reflexão sobre o tema.
Nossos museus e bibliotecas terão programação especial, com exposições e lançamento de publicações. Séries audiovisuais serão exibidas nas redes sociais e na TVE. Nas escolas, teremos ações que valorizam o protagonismo dos estudantes, através de concursos, gincanas e programação cultural, além de material didático exclusivo e curso de formação para professores. Os Correios lançarão selo comemorativo, a TV Brasil exibirá conteúdos sobre a nossa independência e as celebrações chegarão na Argentina, envolvendo a comunidade sul-americana.
Consideramos todo esse conjunto de ações essenciais para o empoderamento da nossa gente diante dos desafios atuais. Se há 200 anos a luta do povo baiano foi por liberdade, hoje seguimos lutando pela cidadania. Reafirmamos nossa democracia quando escolhemos o protagonismo do povo para enfrentar as batalhas destes tempos. Almejamos que, com esse mergulho histórico, muitas e muitos se inspirem na determinação e bravura de Maria Quitéria, Maria Felipa, Joana Angélica, caboclos, negros, indígenas, pescadores, marisqueiras, religiosos e tanta gente corajosa para que sigamos construindo, coletivamente, uma Bahia e um Brasil de liberdade, democracia e direitos.
* Bruno Monteiro é secretário de Cultura do Estado da Bahia
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes