EDITORIAL
Covardia e indiferença
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial

Ataques a escolas, fuga em massa, desnutrição e doenças: do lado palestino, o pavor; do outro, a obsessão por abrir mais covas para ativistas do grupo Hamas é a desculpa de avanço do genocídio, ao arrepio das normas ignoradas, às vistas grossas do mundo ocidental, reunido nas Nações Unidas.
Por muito menos, movidas por interesses de rapina, as superpotências já teriam enviado tropas, ao contrário, a omissão só não é total porque a frágil diplomacia até conseguiu determinar cessar-fogo, mas Israel ignorou a ordem.
Ao inverter-se o enredo da luta Golias versus Davi, o gigante esmaga o pequeno herói da funda, em cenário revoltante para a própria população judia, pois a liberdade dos reféns depende de acalmar-se a violência caindo do céu.
As ofensivas aéreas no Sul de Gaza voltaram a ferir e a matar dezenas de pessoas, sem distinguir civis ou mesmo faixa etária e gênero, na vã tentativa de tomar à força o resiliente pavilhão das cores vermelha, preta, verde e branca.
Iniquidade é a palavra para definir a satisfação de causar o mal atribuída a Benjamin Netanyhau, o homem condenado a subir ao pódio maligno onde Hitler, o carrasco maior, pontifica.
O cenário eleva a paradoxo o perfil dos agressores, herdeiros de diásporas, durante milênios, perseguidos como hoje perseguem os palestinos, fugindo em carroças movidas a tração animal, carregando pertences para sobrevivência.
Ao abrirem trilhas no hipotético “mar grená” de sangue, em meio aos escombros, denunciam as vítimas o quanto fanáticos generais são insensíveis com a história do próprio povo, escolhendo a bomba ao invés da boa paz.
A covardia de despejar ogivas em tendas, exterminando famílias, revela a plena indiferença dos matadores em relação aos ensinamentos do Torá, o Livro Sagrado no qual se lê lições avessas a tal prática.
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