Editorial - A terapia da floresta
Confira o editorial do Grupo A TARDE deste domingo

Adiar a finitude anunciada pela ciência, devido aos maus tratos da espécie humana à terra, ao mar, à atmosfera, e até mesmo ao subsolo e às zonas abissais, tem substituído, em sintoma paranoide, a obsessão da guerra nuclear.
Sobreviver é o verbo definitivo, ao aceitarem usar anel de compromisso 193 nações unidas, em senha geradora do auspicioso Movimento Impacto Amazônia, fixando a terapia com previsão de alta para a floresta em 2030.
Não se pode dizer “planeta” sem os seus pulmões, de onde a importância do engajamento das empresas e dos países em geral na causa da preservação, tendo como novidade a campanha lançada a fim de se pensar melhor o tema.
Assim como uma criatura viva, em seu modo singular e particular, precisa de sistema respiratório para transformar oxigênio em élan e vontade, na proporção similar, o mundo necessita de seu gigantesco jardim.
Como ocorre nos discursos do método desde a modernidade de René Descartes, o caminho para proteger o verdão brasileiro passa por duvidar de todo o conhecimento acumulado a fim de reinventar as táticas de despoluição.
O passe na medida implica reangular políticas empresariais e o comportamento da cidadania, conforme diretrizes incentivadas em acordo global voltado para o Brasil, em mutirão internacional, com participação inclusiva dos extrativistas.
Um indício do nascimento de uma filosofia protetiva – e unida em perspectiva planetária –, é o pressuposto de reconhecimento dos povos habitantes das matas como seus legítimos defensores, por uma questão mesma de luta pela vida.
Ao abrir clarões na mentalidade hegemônica, em vez de desperdiçar os recursos, o novo iluminismo da natureza precisa vencer o desafio de convergir comandos da tecnologia aos da tradição das tribos originárias, com objetivo de sustentação.
Outra dificuldade a ser vencida é a obsessão por lucro, pois o placar atualizado é de 8x2 desfavorável, em representação numérica fidedigna da desvantagem devido à maioria de projetos sem análise de operações envolvendo desmatamento.