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Editorial - Aula magna de civismo

Confira o editorial do Grupo A TARDE desta quinta-feira

Por Editorial

07/09/2023 - 6:00 h
Mortes no Rio Grande do Sul chegam a 36 por causa de ciclone
Mortes no Rio Grande do Sul chegam a 36 por causa de ciclone -

A cantilena de ser o nordestino carente de recursos naturais e econômicos, em razão da seca e outras antigas causas, está de pé trocado, quando se observa populações do sul do país forçadas a reconstruir suas cidades e suas vidas.

O sentido de União, com inicial maiúscula, capaz de dar liga aos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, tem agora nova oportunidade de ser praticado, em aula magna e cívica de alcance nacional para assimilar virtudes.

Quem ama, dá; quem não ama, pode dar por generosidade; e ainda quem não tem o dom de ser generoso tem agora a oportunidade de engajar-se no movimento solidário, quando os interesses convergem para o bem comum.

Desastres naturais extremos estão cada vez mais frequentes devido ao aquecimento do planeta, em novo viés suficientemente preocupante para unir os 200 milhões de brasileiros, deixando no retrovisor o ódio e o preconceito.

Mesclado à melancolia, o luto é de toda a nação, não apenas do Rio Grande do Sul, onde o ciclone extra-forte tirou a vida de pelo menos 36 pessoas, segundo dados atualizados na noite de ontem pela Defesa Civil do Estado.

O fato de tornar-se recordista negativo em abertura de covas relacionadas ao clima não deixa dúvidas sobre a necessidade de os governos e a sociedade civil darem-se as mãos para o enfrentamento do problema mundial.

O deslizamento não é só da terra, mas também na crença em futuro plausível para a vida humana. As enchentes dos rios Caí, Taquari e Jacuí sinalizam esta fragilidade, com mais de 4 mil gaúchos afastados de suas residências ameaçadas de sucumbir pela força das águas, além de estrutura predial precária, entre outras adversidades.

Ruas de asfalto tornaram-se fluviais, tornando-se navegáveis, exigindo toda tenacidade da população, quando se trata de enfrentar temporais – precipitações possíveis de repetir-se e aumentar de intensidade.

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