OPINIÃO
Editorial - Crianças em risco
Cerca de 5% das crianças entre 3 e 4 anos concluíram o esquema vacinal contra a Covid-19
Por Da Redação

Apenas cinco entre 100 crianças brasileiras, na faixa etária entre 3 e 4 anos, receberam as duas doses da vacina contra a Coronavac, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Embora os números não expressem uma probabilidade, por si, é possível enunciar uma hipótese de cumplicidade geral entre pais e responsáveis sem consciência da importância da imunização e do governo federal, em sua sanha negacionista.
Como ressalva, criou o Ministério da Saúde um mecanismo nomeado “vacinômetro”, como estratégia para contar o número de crianças protegidas, alcançando pouco mais de 300 mil, enquanto a meta beira os 6 milhões.
Aqui, não se trata de reduzir a vida a algarismos, pois basta um óbito para sinalizar o quanto o Brasil tem um adensamento populacional de pouca noção do valor da vida, pois o quantitativo registra uma média de duas mortes a cada três dias.
Ao apagar das luzes desta gestão, o Ministério da Saúde mostra-se preocupado com o fato de 25 brasileiros até 5 anos já terem morrido em decorrência da doença, mesmo depois da oferta de imunizantes.
A súbita importância, na esfera federal, ao gigantesco déficit de 5,5% de vacinados contrasta com a indiferença demonstrada com a ausência de campanhas comunicacionais com o objetivo de combater os conteúdos falsos antivacina.
Enquanto em governos anteriores, campanhas publicitárias bem-sucedidas, como as protagonizadas pelo personagem Zé Gotinha, tornava o Brasil uma referência mundial no combate as doenças, hoje a apatia predomina.
A chance de manterem-se vivas nossas meninas e meninos virá, a partir de uma gestão responsável e planejada, executada por profissionais preparados, visando incentivar a presença nos postos com o objetivo de obter a proteção necessária.
Sirva-se de lição esta ausência e o consequente risco de contágio, para nunca mais o Brasil ser surpreendido por discursos fanáticos e sem respaldo na ciência, surgindo, assim, a aurora de um novo país, respaldado no amor e na produção de conhecimento.
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