Editorial - Em defesa do futuro
Confira o editorial do Grupo A TARDE desta sexta-feira

Ao lançar a campanha de multivacinação, visando proteger crianças e adolescentes de até 15 anos, o Brasil retoma o rumo para o qual está vocacionado, qual seja, o de salvaguardar seu futuro ao evitar enfermidades nos mais jovens.
A ideia do movimento iniciado em Belém do Pará é retomar o calendário de imunização, utilizando recursos comunicacionais em campanhas massivas, além de organizar os batalhões de profissionais de saúde para enfrentar o desafio.
Depois da capital paraense, a ação passa a alcançar todos os estados do país, em um mutirão para persuadir os pais e responsáveis da importância de vacinar, pois é a oportunidade cientificamente comprovada de vencer os males.
Superado o período de apatia, entre abril de 2016 e dezembro de 2022, quando o governo federal demonstrava pouco interesse em cumprir o seu dever, agora é a vez da retomada a fim de impedir a volta de doenças já erradicadas.
A iniciativa corresponde a uma nova etapa da empreitada inaugurada em fevereiro, com o objetivo emergencial de recuperar o excelente desempenho, mundialmente admirado, por preservar as novas gerações de brasileiros.
A volta do personagem Zé Gotinha, agora espalhado em redes sociais e aplicativos, é a aposta das autoridades para alcançar maior número, coincidindo com a necessidade de conter a ameaça de recidiva de vírus. Não se tem dúvida do carisma e do jeito divertido da figura símbolo da estratégia benfazeja, vitoriosa em gestões passadas de Lula e Dilma, ajudando na presença nos postos, ao contribuir para salvar do risco de contaminação.
Ações já planejadas, mediante orçamento de R$ 150 milhões, têm como prioridade deter um possível avanço da poliomielite, ou paralisia infantil, notificada no vizinho Peru, embora tenha sido erradicada no Brasil.
A queda nos índices de vacinação pode ter sido provocada pela disseminação de conteúdos anticiência, por irresponsáveis produtores de conteúdo na web, sem esquecer os discursos obscurantistas de autoridades passadas e a influência de seitas dogmáticas.