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OPINIÃO

Editorial - Idiotia e crime

Congressista arrotou discurso adoecido por transfobia, como se convencionou diagnosticar o ato de perseguição

Por Da Redação

10/03/2023 - 0:30 h
Pena para este tipo de ilícito, quando se tem divulgação  ampla, como foi o caso, varia de um a cinco anos atrás das grades
Pena para este tipo de ilícito, quando se tem divulgação ampla, como foi o caso, varia de um a cinco anos atrás das grades -

Produz efeitos simultâneos de indignação e alerta o ‘gracejo’ fora do tom do deputado federal Nikolas Ferreira, ao aparecer de peruca loura para falar na tribuna da Câmara, no Dia Internacional da Mulher, em acintosa desmesura.

A revolta mobiliza todas e todos quantas lutem por equidade, ideal defendido por organizações feministas, bem como pelo direito de as pessoas escolherem como querem relacionar-se e serem chamadas.

O congressista arrotou discurso adoecido por transfobia, como se convencionou diagnosticar o ato de perseguição verbal, física ou psicológica a quem assume orientações sexuais contrárias à tradição.

Expõe-se o engraçadinho a responder por crime de racismo, previsto desde junho de 2019, em decisão do Supremo Tribunal Federal, ao entender equivalente esta prática viciosa à indução de preconceito.

A pena para este tipo de ilícito, quando se tem divulgação ampla em meios de comunicação, como foi o caso, varia de um a cinco anos atrás das grades, sentença necessária e urgente a fim de deter a clonagem deste mau exemplo na sociedade.

Já o sinal de atenção justifica-se pelo fato de tratar-se do parlamentar campeão de votos, com 1 milhão e 470 mil do eleitorado identificado com seu perfil conservador, sugerindo combate sem trégua, única saída contra extremistas desta laia.

Ora, se a defesa da democracia é o primeiro dos princípios visando melhor convívio, não se deve vacilar em contexto no qual o contingente de apoio de um político com este viés chega perto de toda a população de uma capital como Recife.

Reincide em erros legal e moral o favorito do eleitorado, por carregar condição de réu, em processo no Judiciário mineiro, ao referir “ele” a vereadora trans Duda Salabert, quando foi sua colega vereadora de Belo Horizonte.

A repercussão da idiotia, no entanto, pode ser interpretada como favorável ao indigitado, pois seguiu-se estupendo apoio nas urnas, mantendo sem resposta questão levantada em 1987, em histórico álbum da banda Legião Urbana: que país é esse?

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