OPINIÃO
Editorial - Lixo internacional
Confira o editorial do Grupo A TARDE deste domingo
Por Da Redação

As praias do Sul da Bahia podem fortalecer a fama internacional com a melhor divulgação de seus atrativos, em vez de tornarem-se receptoras do lixo de 20 países distintos, conforme exclamou, com espanto, reportagem de manchete de A TARDE.
A presença dos resíduos plásticos é resultado de pesquisa desenvolvida pela companhia Veracel Celulose, colhendo-se amostragens no entorno do Terminal Marítimo de Belmonte, um dos mais aprazíveis municípios da Costa do Descobrimento.
Visando obter uma maior confiabilidade nos resultados, os cientistas quantificaram volumes e analisaram a procedência dos materiais, levando em alta conta as correntes marítimas e suas mudanças durante o ano, produzindo súbitas oscilações nos gráficos.
As “contribuições” de duas dezenas de países denunciam, por tabela, a ação antrópica (feita pelo homem), seja por interferência pessoal, atirando lixo ao mar, ou protegido em corporações, acostumadas a despejar seus restos nos oceanos, imunes à legislação.
A escalada de poluição permite projetar um futuro próximo no qual haverá vestígios petroquímicos em maior número em relação ao de peixes e de tartarugas, estas vítimas de asfixia letal, quando avançam, iludidas, para ingerir objetos interpretados como “comida”, motivo de óbito.
Os dados são alarmantes: a quantidade estimada das embalagens aumentou cerca de dez vezes, prejudicando ou ameaçando 270 espécies, a maior parte quelônios, mas também aves e mamíferos sofrem danos, à guisa de maus-tratos, devido à sujeira.
A universidade alemã começou uma investigação a fim de estimar o quanto de plástico as pessoas já consomem, mesmo sem perceber, elevando o contexto a objeto de estudo de alcance mundial, considerando também os danos à saúde dos humanos, a sinalizar a incerteza da vida no planeta.
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