OPINIÃO
Editorial - Mau exemplo
Por Da Redação

A democracia constitucionalista, tida como melhor dos regimes políticos jamais inventados pelo homem, vem expondo suas fragilidades, exercendo o contrário do óbvio no contexto extremo de dificuldade na situação crítica ora enfrentada pelo país. Representantes do povo, conforme vem sendo defendido desde os primeiros agrupamentos, nas polis gregas, semente da democracia contemporânea, podem tomar decisões contrárias em relação ao contexto enfrentado pelos brasileiros condenados.
Logo após vencer eleição para a presidência da Câmara, o deputado federal Arthur Lira promoveu festa com aglomeração e sem máscara, contribuindo para o aumento dos milhares de mortos pela pandemia. É o resultado de ações copiadas do presidente, ao comemorar em bairro de classe alta de Brasília a vitória na Câmara.
Como vem sendo práxis, secretaria de governo participou, sem sentir necessidade de justificar para a cidadania a negligência na negativa do uso de máscara, condição essencial para reduzir o impacto da pandemia, num momento de alta infecção.
Demonstra, assim, o deputado Arthur Lira a opção pelo negacionismo, contribuindo para a elevação do número de mortes, como possível apoio à estratégia mórbida, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro. Deputados, amigos e assessores do novo presidente da Câmara não hesitaram em aglomerar-se, acrescentando ao ato insano a troca de abraços e apertos de mão, típicos de quem não se incomoda com a média de mais de mil mortes diárias.
Evidencia-se, no lastro da destemida celebração, o objetivo desde o início da pandemia, qual seja produzir uma depopulação, sem intenção de salvar vidas, ao contrário, substraí-las.
Serve a pandemia, assim, como um momento de celebração, pela redução do número de brasileiros, enquanto o novo presidente da Câmara segue a trilha do presidente da República no sentido de divertir-se com dificuldades enfrentadas pelo povo.
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