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Editorial - O tamanho do rombo

Confira o editorial do Grupo A TARDE desta terça-feira

Publicado terça-feira, 26 de setembro de 2023 às 06:00 h | Autor: Editorial
Brasil teve retrocesso em 60,7% das metas da ONU
Brasil teve retrocesso em 60,7% das metas da ONU -

De cada 10 metas propostas para o desenvolvimento brasileiro, seis delas apresentaram recuo durante o período dos anos perdidos – 2017 a 2022 –, sinalizando o quanto foi importante a retomada das táticas visando a reabilitação.

Não se trata de opinião, mas de crença justificada, pois é a análise qualitativa de um estudo comparado de 17 objetivos, levando em conta a capacidade de sustentar-se, ao preservar os biomas e os suprimentos por eles oferecidos.

O documento revelando com dados, cálculos e testemunhos o retrocesso é assinado pelos representantes do Grupo de Trabalho da Agenda 2030, apontando o ano do prazo final de nova meta fixada para evitar o colapso definitivo.

O GT ganhou uma representatividade suficiente, ao reunir 64 organizações não governamentais, bem como movimentos sociais, fóruns, redes, universidades, fundações e federações brasileiras, entre outras instituições engajadas.

Como um dos principais países, entre os 193 signatários, o Brasil é um dos  protagonistas, não apenas pelo tamanho continental, dotado de peso similar aos de 27 nações juntas, comparando-se aos seus estados e Brasília.

Lançada  na Secretaria Geral da Presidência da República, em Brasília, a edição deste ano mexe com os brios de quem verdadeiramente assume a condição de brasileiro, pois faz vergonha a quem ama o pavilhão e o hino.

Entre os itens capazes de enrubescer, o mais problemático é a dívida em relação à classe trabalhadora de baixa renda, pois não houve melhoria no plano de erradicar a pobreza, ao contrário, aumentou a desigualdade.

A contundente prova de rebaixamento veio com números de 30% da população em contexto de não saber se teria acesso à alimentação, ampliando-se a estimativa de quem dormiu com fome em 2022, como ocorria nos anos 1990.

A intencionalidade do mal deixa flagrante perfeito de alcance mundial quando se verifica queda de 20% no orçamento do Ministério da Saúde, coincidentemente no mesmo período de  enfrentamento da pandemia de Covid-19.

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