OPINIÃO
Editorial - Obscurantismo digital
Posicionamento expresso por representantes da rede social causou indignação geral
Ao recusar-se a remover conteúdos de apologia à violência, a plataforma digital Twitter faz sua escolha pelo alinhamento com o obscurantismo disfarçado de “liberdade de expressão”.
O posicionamento expresso por representantes da rede social, em reunião com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flavio Dino, causou indignação geral, repercutindo em imediato cancelamento das contas de usuários.
Cai o véu de falsa conduta ilibada dos gestores da empresa do bilionário Elon Musk, revelando descaso com crescente onda de ataques no Brasil, tendo escolas e creches na alça de mira dos malfeitores.
Os recentes óbitos de crianças e de uma professora de 71 anos não são suficientes para sensibilizar os administradores, acumpliciando-se aos criminosos, pela deliberada omissão.
Ficam autorizadas as instituições da República a empreender medidas suficientemente rijas a ponto de fraquejar a desatinada decisão do biltre capital cibernético, ameaçando a paz mundial, dado o seu alcance planetário.
Ao evitar a prevenção de novas incursões homicidas, por distribuir a postagem das ameaças, não resta opção exceto assumir tomar parte nas associações belicosas.
A absurda negativa alimenta a sanha de adeptos recidivos do nazifascismo, com o objetivo de gerar medo e sensação de inoperância do Estado brasileiro, em conhecida tática de pretéritas ocasiões.
Quem acoita facínoras, em tamanha desfaçatez, produz ululante aprovação a um projeto voltado para o ódio, ajudando a destrancar as portas do inferno de um país recém-saído de insana aventura armamentista.
Sabe-se a qual grupo derrotado nas urnas interessa desestabilizar a democracia, construindo-se imagem de suposta fragilidade para então aplaudir-se um sistema totalitário, devido ao pavor das massas, como ensina a história.
Cabe à cidadania unir-se às autoridades federais comprometidas com princípios civilizatórios, no sentido de desativar toda e qualquer célula do monstruoso plano, apoiado em flagrante descaro pelos investidores da internet.
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