OPINIÃO
Editorial - Tensão crescente
Confira o editorial do Grupo A TARDE desta sexta-feira
Por Editorial

Os senhores da guerra, uma vez mais, saíram vitoriosos, para decepção mundial, após o Conselho de Segurança das Nações Unidas curvarem-se aos Estados Unidos vetando o texto pacifista do Brasil sobre a situação palestina.
Prefere o presidente Joe Biden a tática de ir a campo tentar a diplomacia junto aos aliados, os israelenses, enquanto o grupo Hamas mantém prudente distância, duvidando fortemente das intenções estadunidenses.
Empenhou-se a embaixada brasileira em buscar reduzir tensões, a fim de evitar outro dia de ira, como o do recente bombardeio de hospital, resultando na morte de pacientes, grávidas, puérperas, crianças e profissionais de saúde.
O poder de veto de Washington, baseado no fato de Israel não ter sido chamado a manifestar-se, vergou a posição de 12 outros países, abstendo-se Reino Unido e Rússia, envolvida em conflito por invadir a Ucrânia.
O malogro da tentativa de baixar a temperatura, no trabalho desenvolvido pelo Itamaraty, produziu tristeza e decepção, pois a animosidade tende a crescer e tomar consequências imprevisíveis, com a escalada da indignação do mundo árabe.
A paz não vai se estabelecer na explosiva região sem os dois lados cederem algumas de suas proposições, ampliando-se o incêndio por força da geopolítica pois as duas frações de autoridade palestina estão cercadas pelos sionistas.
Atualmente na condição de liderança rotativa entre as nações conselheiras, o Brasil teve apoio de superpotências, como China, França e Japão, além de Albânia, Equador, Gabão, Gana, Malta, Moçambique e Emirados.
O silêncio eloquente de viés belicoso pode seguir-se de novos estrondos, e mais ruidosos, a despeito da diferença hiperbólica do parco paiol da resistência de Gaza diante do arsenal de última geração dos vizinhos inamistosos.
A perpétua amizade, acalentada desde o Iluminismo, há 300 anos, é a utopia da qual não se deve desistir, apesar da inclinação da espécie humana aparentemente condenada a verter sangue em vez de cultivar a força do amor.
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