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12/10/2024 às 0:00 | Autor: Da Redação

OPINIÃO

Editorial: O presente da criança

Confira o editorial deste sábado

Do Século das Luzes (XVIII) para a contemporaneidade, o ser-criança passou por significativas transformações
Do Século das Luzes (XVIII) para a contemporaneidade, o ser-criança passou por significativas transformações -

Do Século das Luzes (XVIII) para a contemporaneidade, o ser-criança passou por significativas transformações, uma das mais representativas o fato de o pequeno humano deixar de ser tratado como um adulto em miniatura e ganhar seu próprio perfil.

Os pequenos pagaram um alto preço como mão de obra para os primeiros investidores da “Revolução Industrial”, pois não se poupava a mão de obra da aventura de buscar peças nas engrenagens das máquinas quando davam defeito, esmagando inocentes vítimas.

Pode-se confiar na proposição de terem sido os menores os financiadores do progresso e do desenvolvimento, cumprindo agendas de 36 horas de trabalho, com apenas intervalos de 15 minutos para alimentação e necessidades do organismo.

Pensando neste contexto de inequívoca crueldade, a infância, fundada na era moderna por Jean Jaques Rosseau, no clássico “Emílio ou da educação”, vem conquistando avanços, na condição de consumidora na lógica de compra e venda do mercado.

Objeto de projetos assistencialistas para sustentação de grupos de poder, este segmento associado comumente ao “futuro do Brasil” tem sido socorrido nos momentos de aflição por conselhos tutelares e instituições com viés republicano.

Há muito o que fazer pela frente, quando se verifica a exploração infantil para o trabalho, em vez de se garantir a escola e o brinquedo, e nos casos extremos de abusos para prazeres corpóreos, aproveitando-se da fragilidade da vítima.

O acesso precoce a sedução de novas tecnologias, sem chance de defesa, diante de crápulas virtuais, vem expondo este segmento vulnerável a infelicidade de tornar-se presa de criminosos, ao ofertarem bens de ostentação em troca do serviço de “aviãozinho” do tráfico.

Há, no entanto, boas práticas de apoio, por parte de organizações da sociedade civil e órgãos dos governos federal e estadual, visando amparar e criar meios de identificar e desenvolver talentos na nova safra rumo à superação de dificuldades e garantia de um amanhã de alegria e afeto.

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