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EDITORIAL

Elas vivem na Bahia

Bahia reduziu em 30% o número de casos de violência contra as mulheres

Por Redação

14/03/2025 - 3:00 h
Resultado é para ser comemorado
Resultado é para ser comemorado -

A Bahia reduziu em 30% o número de casos de violência contra as mulheres em 2024, em volume comparado ao ano anterior, na estatística divulgada pela Rede de Observatórios de Segurança.

O método escolhido foi o de coleta de dados obtidos no trabalho de monitoramento dos conteúdos distribuídos pela mídia convencional, portanto, levou em alta conta as narrativas dos jornalistas.

Dos textos apurados, em 2023, foram 368 menções a episódios violentos, enquanto o ano passado, 257, com boa chance de ter baixado a centena por conta das ações de prevenção em vez de esperar acontecer o pior.

O resultado é para ser comemorado, pois o feito dos baianos e das baianas tornou-se exceção a ser copiada em alcance nacional quando se coteja com outros estados, conforme a condução da enquete.

Os dados compilados e depois analisados criticamente integram o boletim Elas Vivem, sugerindo o bom presságio a alta probabilidade de êxito do sucesso de políticas públicas preventivas e de proteção.

Vale lembrar, no entanto, a continuação da luta enquanto houver uma só mulher agredida ou ameaçada, pois o contexto continua preocupante, mas com variável modificada para melhor: as denúncias têm aumentado.

Não é um detalhe qualquer pois pode sinalizar a confiabilidade nos órgãos de segurança, representados pelo Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher e 22 delegacias especiais de atendimento à mulher.

Outro item citado por lideranças e especialistas foi o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira, articulando toda a rede num só endereço, vizinho ao Hospital Sarah, no trecho pouco antes da Avenida Paralela.

Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Batalhão Maria da Penha e serviços de apoio psicossocial também compõem a linha de frente para inibir as agressões.

Além do entrosamento das forças repressivas, outra hipótese para a queda das notícias de agressões diz respeito à suposta orientação de vítimas e algozes por meio de campanhas massivas de apelo pacifista.

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